Espermograma

o que é um

espermograma?

O espermograma é um exame simples que é feito a partir da análise de uma amostra de sêmen que deve ser colhida pelo homem no laboratório após masturbação.

Para que o resultado do exame não sofra interferências, é recomendado que o homem não tenha relações sexuais 2 a 5 dias antes da relação do exame e, em alguns casos, pode ser recomendado que a coleta seja feita em jejum.

Como é realizado o exame?

Para realizar o exame é necessária uma amostra de sêmen, que deve ser coletada, preferencialmente, no próprio laboratório e em alguns casos pode ser recomendado o jejum, cujo tempo deve ser determinado pelo médico. O material coletado é depositado em um recipiente próprio fornecido pelo laboratório e em seguida encaminhado para a análise.

É importante que o homem não pratique relações sexuais ou qualquer outra ação que provoque ejaculação 2 a 5 dias antes de realizar o exame, pois pode influenciar na quantidade total de espermatozoides presentes no sêmen. Além disso, a masturbação para a coleta não deve ser feita com o auxílio de lubrificantes, pois podem interferir no resultado do exame.

Normalmente, os laboratórios não aceitam o esperma que não tenha sido colhido na própria clínica e não é recomendado que o esperma seja colhido após o coito interrompido e nem através do preservativo, pois também pode interferir no resultado do exame.

O que o espermograma analisa?

A amostra de sêmen coletada pelo espermograma é enviada ao laboratório, onde passa por dois tipos de análise:

  • Análise macroscópica, feita a “olho nu”: são avaliadas as condições físicas do sêmen como o volume, viscosidade, liquefação, coloração e pH (acidez);
  • Análise microscópica verificam-se a concentração de espermatozóides, a motilidade total e progressiva, a vitalidade dos gametas e sua estrutura. Também são medidas as quantidades de leucócitos no esperma (células de defesa do nosso corpo) e de compostos como ácido nítrico e frutose.
  • Normalmente, são solicitadas duas coletas, com intervalo de 15 dias, para que se possa comparar os resultados. Caso os achados sejam muito diferentes, um terceiro exame deve ser realizado.

Espermograma e infertilidade masculina

Aproximadamente 15% dos casais apresentam dificuldades de engravidar após um ano de tentativas. Em casos de problemas de infertilidade, o homem é o principal responsável em cerca de 20% dos casos e contribui em outros 30-40%. Por isso, é indicada uma investigação completa da fertilidade do homem, que inicia com a avaliação feita por um urologista ou especialista em reprodução masculina.

Além disso, a infertilidade masculina pode ser causada por uma variedade de dificuldades. Nesse sentido, algumas condições são identificáveis e reversíveis, como obstrução ductal e hipogonadismo. Outras, no entanto, são irreversíveis, como atrofia testicular bilateral secundária a orquite viral. Desta forma, uma investigação completa permite ao casal entender melhor a base de sua infertilidade e avaliar o melhor caminho a seguir.

Conhecer o real potencial reprodutivo também é importante para homens solteiros ou casais homoafetivos que desejam um dia se tornar pais, pois é necessário estar bem preparado para quando o momento chegar. Vale ressaltar que um homem com histórico de fertilidade anterior pode ter adquirido algum novo fator de infertilidade masculina, e, portanto, deve ser avaliado.

Exames complementares ao espermograma:

A depender do resultado do espermograma e condição clínica do homem, o urologista pode recomendar a realização de exames complementares, como:

  • Espermograma sob magnificação, que permite uma análise mais precisa da morfologia do espermatozoide;
  • Fragmentação de DNA, que verifica a quantidade de DNA que é liberado dos espermatozoides e fica no líquido seminal, o que pode indicar infertilidade dependendo da concentração de DNA;
  • FISH, que é um teste molecular realizado com o objetivo de verificar a quantidade de espermatozoides deficientes;
  • Teste de carga viral, que normalmente é solicitado para homens que possuem doenças causadas por vírus, como HIV, por exemplo.

Além desses exames complementares, o congelamento seminal pode ser recomendado pelo médico caso o homem irá realizar ou está realizando tratamento quimioterápico.

FAQ: espermograma

Uso de medicamentos como cimetidina, uso de cafeína oi alcool, amostra insuficiente ou manuseio incorreto do material podem interferir no resultado.

Contudo, orientações são sempre fornecidas antes do exame e o material coletado é verificado antes de ser levado para análise como forma de prevenir qualquer interferência no resultado.

Algumas das alterações que podem ser identificadas são: Problemas na próstata A análise da viscosidade e acidez do sêmen pode indicar problemas com a próstata. Exames complementares, como toque retal ou biópsia podem ser solicitados pelo médico para confirmar ou descartar possíveis diagnósticos. Azoospermia É a ausência de espermatozoides no sêmen, que pode ser causa de infertilidade. A ausência do gameta masculino geralmente é decorrente de infecções bacterianas, DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), ou obstrução nos canais seminais. Oligospermia É uma baixa concentração de espermatozóide por ml, muitas vezes originada por infecções no sistema reprodutor, varicocele, DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). A Oligospermia pode acontecer também como efeito colateral do uso de certos medicamentos, como cetoconazol e ou metotrexato. Atenozoospermia Ocorre quando os valores de motilidade (progressiva ou não progressiva) e vitalidade são menores do que o padrão (menos de 58%). Além disso, ela pode ser causada por stress, alcoolismo ou doenças auto-imunes, como HIV, entre outras. Teratozoospermia São espermatozoides de má formação com alterações morfológicas. As principais causas são varicocele, uso de drogas ou inflamação no sistema reprodutor. Hipospermia É o caso em que o volume de sêmen ejaculado é abaixo de 1,5 ml. Esta situação pode estar relacionada com problemas de próstata e alterações nas vesículas seminais. Necrospermia Porcentagem de espermatozóides vivos abaixo de 58%. São casos bem raros, que têm como possíveis causas problemas hormonais, câncer prévio nos testículos, infecções nos testículos, uso de drogas e álcool, longos períodos sem ejaculação, idade avançada entre outros.

O resultado do espermograma mostra como está a fertilidade masculina, ou seja, se os espermatozoides estão em condições de chegar com vida ao óvulo nas trompas da mulher após a relação sexual. O exame também pode indicar se existe alguma suspeita de outros problemas nos órgãos reprodutores do homem, principalmente na próstata.

O primeiro resultado não é definitivo. Podem ser pedidos dois ou mais exames com até 15 dias de intervalo para ter um diagnóstico mais completo, isso pode variar conforme cada caso.


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