O tratamento de fertilização in vitro (FIV) é uma das técnicas de reprodução assistida mais eficazes desenvolvidas pela medicina. Estima-se que o tratamento possa alcançar até 60% de sucesso, variando de acordo com a idade da mulher.
Mas, apesar da sua eficácia, a FIV não é a melhor opção para todos os casos. Antes de procurar um consultório médico, é importante saber algumas informações básicas, que serão úteis em todo o processo.
Pensando nisso, selecionamos cinco informações que vão te auxiliar nessa jornada. Elas incluem as principais dúvidas de pacientes que buscam, por meio da FIV, realizar o sonho da maternidade e da paternidade. Confira:
1. Como funciona o tratamento de fertilização in vitro (FIV)?
A fertilização in vitro (FIV) é a técnica de reprodução assistida em que a formação do embrião acontece no laboratório. O procedimento começa com a estimulação ovariana, que consiste na aplicação de hormônios no corpo da mulher para a produção de óvulos maduros.
Alguns dias depois, esses óvulos são recolhidos por meio de aspiração dos ovários, e colocados em contato com os espermatozoides, recolhidos pelo homem por masturbação. Após a fecundação, são formados os embriões, e os selecionados são transferidos para o útero que irá gerá-lo. Todo o processo dura, em média, 30 dias.
A FIV pode ser realizada com sêmen do próprio casal ou de doadores, através do banco de sêmen. O recebimento de doação acontece em casos em que um dos parceiros ou os dois produza gametas não fecundáveis ou mesmo não os produza.
2. Quem pode fazer a FIV?
A FIV atende a um extenso leque de casos de infertilidade severa, masculina e feminina, e de impossibilidade de reprodução natural por motivos diversos, como mulheres na fase do climatério, pacientes submetidos a tratamentos oncológicos, casais homoafetivos e pessoas que desejem engravidar por produção independente.
Um casal deve procurar ajuda quando estiver tentando engravidar há um ano ou mais. Para as mulheres acima de 35 anos, o tempo é menor, de seis meses.
A investigação das causas da infertilidade passa pela realização de exames de ultrassom, avaliação hormonal e das tubas pela histerossalpingografia, espermograma, HIV, HTLV, hepatite B e C, sífilis, rubéola e ZIKA vírus. Todo o processo deve ser acompanhado por um médico especializado, que irá orientar o melhor tratamento.
3. É possível escolher o sexo do bebê?
A escolha do sexo do bebê, chamada de sexagem fetal, é prática proibida no Brasil e regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A única exceção é em casos em que um dos pais seja portador de alguma doença hereditária ligada ao sexo, como a hemofilia, a microdeleção do cromossomo Y e a síndrome do X Frágil, que têm maior incidência em homens.
Nesses casos, é realizado o diagnóstico genético pré-implantacional (PGD), por meio do qual há a identificação do sexo e a seleção de embriões sem anomalia.
No tratamento de fertilização in vitro, o casal passa por uma série de exames e procedimentos que são capazes de detectar a presença desses genes, e o médico responsável fornece toda a orientação necessária. Cabe ao casal a decisão da escolha do sexo do bebê, que, nesses casos, não exige solicitação judicial.
4. A rotina sexual do casal muda durante o tratamento de fertilização in vitro?
Quando falamos em métodos de reprodução assistida, uma das dúvidas mais comuns entre os casais está relacionada à prática sexual. A importância da intimidade e do prazer a dois, mesmo quando o foco é a gravidez, não pode ser subestimada ou deixada de lado.
Para aumentar as chances de sucesso do tratamento de fertilização in vitro (FIV), a relação sexual deve, em alguns momentos, ser evitada. Na fase de estimulação ovariana, o principal risco é de gravidez múltipla inesperada, já que pode ocorrer uma ovulação precoce e o casal engravidar espontaneamente.
Para a coleta do sêmen, é indicado que o homem fique de dois a cinco dias sem ejacular para que os espermatozoides se tornem mais eficazes.
O uso de medicamentos durante a FIV pode causar reações diversas no corpo de algumas mulheres, como indisposição e desconforto durante o sexo. Fatores emocionais comuns nesse processo também podem impactar na intimidade do casal, como a ansiedade e o nervosismo.
5. Principais riscos e efeitos colaterais
Assim como a reprodução natural, a FIV não é completamente eficaz. Em alguns casos, é necessário mais de uma tentativa, e não há garantia de êxito para todos. E, como todo tratamento, a FIV também envolve alguns riscos e efeitos colaterais. Em função do uso de medicamentos na estimulação ovariana, a mulher pode apresentar redução de apetite, náuseas e até mesmo desenvolver a Síndrome de Hiperestimulação do Ovário (SHO), que causa inchaço e dor nos ovários.
Outra questão importante é a gravidez múltipla. Como na maioria dos procedimentos são transferidos mais de um embrião para o útero, a gravidez de gêmeos chega a quase metade dos casos. A gestação de mais de um bebê, apesar de ser desejada por muitos casais, requer cuidados especiais e pode apresentar riscos antes e depois do nascimento.
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