A fertilização in vitro (FIV) é um dos principais tratamentos de reprodução assistida, com chances de sucesso que podem chegar a 50 e 60%. Contudo, algumas particularidades envolvem esse tratamento. Uma delas é a transferência de embriões.
Afinal, transferir mais de um embrião é garantia de uma gestação múltipla, ou seja, de gêmeos? É isso que você vai saber no post de hoje. Continue a leitura conosco para não perder nada!
Como ocorre a transferência de embriões?
A transferência de embriões é o último passo da Fertilização in Vitro e ela pode ser dividida nas seguintes etapas: seleção dos embriões, limpeza do colo do útero, e transferência dos embriões e implantação. Confira um pouco mais sobre cada uma delas.
Seleção dos embriões
Primeiramente são selecionados os melhores embriões, ou seja, aqueles com maiores chances de sobrevivência. Nessa etapa é definido também o número de embriões que serão transferidos.
Limpeza do colo do útero
Uma vez selecionados os embriões, o colo do útero será examinado e serão retiradas secreções ou obstáculos que possam dificultar ou impedir a passagem do cateter com os embriões.
Transferência dos embriões e implantação
O cateter é inserido por meio da cavidade vaginal e os embriões são transportados pelo colo do útero até chegarem ao centro da cavidade uterina onde serão depositados.
Depois disso, os embriologistas conferem se não sobrou nenhum embrião no cateter. Então o procedimento está completo e 9 dias depois pode ser realizado o exame para confirmar a gravidez, no caso de transferência de embrião em estágio de blastocisto.
Como a última etapa da FIV, a transferência embrionária é um procedimento de extrema importância. Afinal, a escolha dos embriões e a sua correta inserção no útero materno podem definir o sucesso ou insucesso de todo o procedimento.
Por que mais de um embrião pode ser transferido? Em quais casos?
O número de embriões em um tratamento de FIV deve ser escolhido de forma técnica, pois ao transferir dois embriões ou mais, sempre existe a chance de gestação de gêmeos. A decisão pela transferência de embriões, seja ele único ou em maior número, deve ser realizada considerando as particularidades de cada caso. Entre os fatores que devem ser avaliados para essa decisão, estão:
- qualidade dos embriões;
- estágio do desenvolvimento do embrião no ato da transferência (no terceiro ou quinto dia);
- idade da mulher;
- tentativas anteriores de FIV;
- idade da doadora em caso de ovodoação (ou idade na qual foi realizada a coleta dos óvulos em caso de congelamento);
- cirurgias uterinas anteriores, como miomectomia ou cesárea;
- malformações uterinas;
- preferências dos tentantes.
Qual a relação da transferência de mais de um embrião e a gravidez múltipla?
A estimulação ovariana é uma etapa comum em técnicas de reprodução assistida. Contudo, nos procedimentos de baixa complexidade, a dosagem dos medicamentos utilizados para a estimulação ovariana é mais baixa, visando obter até 3 óvulos maduros. Na FIV, todo o processo é controlado com o objetivo de obter mais embriões de qualidade, para serem transferidos.
Entretanto, mesmo que sejam usados diferentes recursos que proporcionam maior garantia na qualidade embrionária, após transferidos para o útero, os embriões devem encontrar um ambiente receptivo para sua implantação e desenvolvimento.
Dessa forma, na tentativa de aumentar as chances de sucesso na FIV, uma opção é transferir mais de um embrião, aumentando, consequentemente, os riscos de gravidezes múltiplas. Com o avanço da idade, as chances de gravidez diminuem e, consequentemente, para aumentá-las são transferidos mais embriões. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina limita o número na transferência de embriões de acordo com a idade da mulher:
- até 35 anos, 1 ou 2 embriões;
- entre 36 aos 40 anos, até 3 embriões;
- acima dos 40 anos, até 4 embriões.
Mesmo que grande parte dos procedimentos por FIV tenham como resultado uma gestação única, a transferência de mais embriões eleva as chances para a gestação de gêmeos. As gestações múltiplas apresentam maiores riscos em comparação com as gestações de feto único, portanto, não são o objetivo do tratamento. Não é possível estabelecer uma relação direta ou taxas percentuais quanto ao número de embriões implantados e os índices de sucesso. Cada caso deve ser estudado individualmente, considerando os pormenores de cada mulher e de cada casal.
Se você está em dúvida sobre o número de embriões durante a FIV, converse com seu especialista sobre o assunto. Ele poderá orientar melhor a escolha para seu caso.
Como você pôde conferir no post de hoje, ainda que alguns casos exijam um número maior para aumentar as chances, a transferência de embriões não garante uma gestação de gêmeos. Por isso, se você ainda tiver dúvidas sobre o assunto, busque contato com uma clínica de reprodução assistida.
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