Como escolher o melhor método de reprodução assistida sem parceiro
O desejo de ter um filho faz parte da vida de muitas pessoas, porém, nem sempre ele pode ser realizado pelos métodos naturais, ou seja, pela união do óvulo com o espermatozoide por meio de uma relação sexual. Hoje, existem muitas situações que fazem com que as pessoas tenham que buscar o auxílio da reprodução assistida para formar sua família. Reprodução assistida sem parceiro
São pessoas com dificuldades para engravidar, ou que desejam ter um filho mais tarde, ou mesmo desejam gerar seu bebê sozinhas ou sozinhos, ou com parceiros do mesmo sexo.
A reprodução assistida inclui todo processo reprodutivo ajudado pela medicina e que envolva a manipulação “in vitro” de óvulo, espermatozoides e embriões, com o objetivo de alcançar uma gestação. Para isso, são usadas técnicas, como a inseminação intrauterina, a fertilização in vitro e o coito programado.
Gravidez sem parceiro – quais seriam as possibilidades?
Com a ajuda da medicina reprodutiva, as pessoas podem optar por formar sua família de maneira independente, ou seja, sem a necessidade de um parceiro.
A produção independente, também conhecida como gravidez monoparental, é caracterizada pela gestação de uma criança com apenas um dos genitores, seja a mãe ou o pai. Nesse caso, é preciso contar com a utilização de gametas doados (óvulos ou espermatozoides). Reprodução assistida sem parceiro
Uma mulher que deseja ter um filho sem um parceiro precisará da ajuda de um banco de sêmen ou da doação de um parente de até 4º grau. Em relação aos bancos de sêmen, ela pode optar entre os nacionais e internacionais.
No caso dos bancos brasileiros, o anonimato é a principal característica dessa doação. A lei brasileira não permite que o laboratório revele a identidade do doador nem que ele saiba para quem o seu material foi doado.
Quando o material genético usado é de um doador brasileiro, a mãe pode escolher sete características, físicas ou emocionais. Quando o sêmen vem de um banco internacional, são 35.
A mulher pode escolher, por exemplo, características que ela julgue serem importantes no doador, como altura, cor dos cabelos, dos olhos e da pele, tipo sanguíneo, profissão, origem étnica e hobby.
No caso da gestação com óvulos doados, esta pode ocorrer também com o uso de bancos de óvulos, nos quais é mantido anonimato entre doadora e receptora, na qual a receptora também pode escolher características que julgue importantes. Nesse caso, os custos do tratamento são divididos entre as duas e a escolha da doadora é de responsabilidade do médico assistente. A mulher doadora pode estar em tratamento de FIV e optar por partilhar seus óvulos ou apenas desejar doar e estar apta para ser submetida ao processo. Ainda pode ser realizada por meio de doadores familiares de até 4º grau. Reprodução assistida sem parceiro
As doações não devem ter caráter comercial nem visarem lucro.
Para as mulheres que desejam engravidar de maneira solo, existem duas técnicas disponíveis: inseminação intrauterina e a fertilização in vitro (FIV). Porém, existe um primeiro passo antes de definir qual o método ideal para cada caso.
Primeiro, a mulher deve consultar um especialista em reprodução assistida para que ele avalie sua saúde reprodutiva, lembrando que a idade é um fator a ser considerado, já que a fertilidade feminina tende a diminuir gradualmente com o avançar dos anos.
Para aquelas que desejam adiar a gravidez, há a opção de realizar um tratamento de congelamento de óvulos para que eles sejam utilizados no futuro. Para utilização desses óvulos posteriormente, seria necessária a fertilização in vitro, que pode ser realizada com semên de um futuro parceiro ou sêmen doado.
Para as mulheres que tem óvulos próprios para realizar o tratamento, é necessária a escolha de um sêmen doado para realização de inseminação intra-uterina ou fertilização in vitro.
Já para aquelas que não contam com óvulos próprios para realizar o tratamento, é possível a utilização de óvulos doados. Reprodução assistida sem parceiro
Homens também podem optar pela produção independente. Nesse caso, além de contarem com os óvulos doados, é preciso também ter um útero de substituição, que é a mulher que vai gerar a criança. Doadoras de óvulos e úteros não podem ser a mesma pessoa.
No caso da produção independente masculina, os homens também podem contar com óvulos e útero de uma mulher com parentesco de até quarto grau. A pessoa que gestará o bebê não terá direitos ou deveres em relação ao bebê após o nascimento.
Quais os principais métodos de reprodução assistida?
Na gestação solo, como dito, a mulher pode optar por dois tipos de tratamento: fertilização in vitro e inseminação intrauterina.
A fertilização in vitro é a técnica de reprodução assistida com as maiores taxas de sucesso, que variam de acordo com a idade da mulher. Nos casos de produção independente, a FIV ocorre a partir da doação de sêmen ou da ovodoação (quando a mulher, por alguma razão, não possui mais óvulos de boa qualidade ou não tem mais óvulos para serem fecundados). Os materiais genéticos masculino e feminino são fecundados em laboratório e, após gerado o embrião, ele é transferido para o útero materno.
Nesse procedimento, o sêmen é coletado em laboratório e, depois, preparado e inserido no útero por meio de um cateter, com o objetivo de aumentar a chance de fecundação pelos espermatozoides. Essa técnica de reprodução assistida permite o encontro entre gametas masculinos e óvulos durante o período fértil da mulher.
Em ambos os tratamentos, a mulher deve passar pelo procedimento de indução da ovulação, que é realizado com a administração de medicamentos hormonais para estimular a produção de um maior número de folículos, que são as estruturas que abrigam os óvulos.
Como saber o método ideal para escolher?
A decisão pelo qual o melhor método depende de vários fatores, como idade da mulher, condições das trompas e da qualidade da amostra do sêmen do doador escolhido. O método que garante mais chances de sucesso é a fertilização in vitro.
Alguns desses métodos têm risco?
A inseminação intrauterina é um procedimento que não apresenta muitos riscos, uma vez que é de baixa complexidade e seguro. Contudo, todo procedimento possui alguns riscos envolvidos – mesmo que muito baixos.
Um dos principais riscos trazidos pelo processo de inseminação intrauterina é a possibilidade da gravidez gemelar. Outro risco é a ocorrência de desenvolvimento da Síndrome da Hiperestimulação do Ovário, que resulta na produção exagerada de estradiol, hormônio proveniente dos ovários.
Esses dois riscos também estão presentes na FIV. Além disso, como este é um procedimento mais complexo, há também riscos associados à aspiração folicular. Pode ocorrer ainda, mais raramente, lesão em órgãos próximos aos ovários, como bexiga, intestino ou vasos sanguíneos.
Qual o custo envolvido nos procedimentos?
Os custos dos tratamentos de reprodução assistida variam conforme o tipo de técnica – a inseminação intrauterina, por ser um procedimento menos complexo, tem custo menor – a clínica escolhida, a equipe médica e os medicamentos utilizados. Reprodução assistida sem parceiro
Cada caso é único e deve ser avaliado individualmente.
O que devo esperar de cada método?
Como dito no transcorrer do texto, a inseminação intrauterina é um procedimento mais simples, com chances de sucesso que dependem da idade da mulher e do quadro clínico. Geralmente, em torno de 15-20% em mulheres até 34 anos; 10-15% em mulheres com idade ente 35 e 39 anos e entre 1 e 3% em mulheres com mais de 40 anos.
Já a fertilização in vitro tem chances maiores, que dependem também da idade da mulher e da sua saúde reprodutiva.
Onde fazer o procedimento com segurança?
Existem várias maneiras de ter um filho sem um parceiro ou parceiro. No entanto, optar por uma clínica de reprodução assistida é a forma mais indicada para realizar o tratamento com segurança e eficácia.
Profissionais capacitados e experientes acompanham o passo a passo de todo o processo, desde a realização dos exames iniciais até o parto, inclusive fornecendo informações importantes envolvidas em uma gravidez com gametas doados.
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