A infertilidade foi por muito tempo um problema sem solução. Contudo, os avanços tecnológicos e as descobertas médicas tornaram possível o desenvolvimento de tratamentos para engravidar eficazes para casais inférteis, como a reprodução assistida, por exemplo.
Ao não conseguir uma gravidez após ter um ano de relações regulares sem o uso de métodos contraceptivos, é importante buscar o auxílio de profissionais que possam identificar as causas desse problema, recebendo orientações de como será possível resolvê-lo por meio da técnica de reprodução mais adequada.
No texto a seguir, você poderá conhecer os principais tratamentos de reprodução assistida da atualidade!
Entenda a importância de tratamentos de fertilidade para querem que desejam ter filhos
A cada ciclo menstrual da mulher, o óvulo torna-se disponível para ser fertilizado, diminuindo assim o estoque que foi formado ainda durante a vida intrauterina com o passar dos anos. Consequentemente, diminuem também as chances de gerar um filho de forma natural. Entretanto, com cuidados específicos a mulher pode ter essas chances aumentadas novamente.
Para mulheres acima de 35 anos, aumenta-se os riscos, com maiores riscos para aborto, malformações e desenvolvimento de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.
Contudo, realizando um planejamento adequado a mulher pode ter uma gestação de forma saudável, ainda que seja nessa faixa etária. Para isso, é necessário assistência médica especializada, com orientações e tratamento direcionado após diagnosticar o motivo que impede o casal de desenvolver uma gestação natural.
5 principais tratamentos de reprodução assistida e para quem são indicados
A reprodução assistida é um conjunto de técnicas utilizadas pela medicina especializada para auxiliar pacientes na produção de seus filhos.
Por meio desse método é realizada a manipulação de, pelo menos, um dos gametas (óvulo ou espermatozóide) e dos meios para fecundação, preparando condições ideais para que esse processo seja realizado como planejado. Conheça os principais tratamentos da reprodução assistida, a seguir.
1. Relação Sexual Programada – Coito Programado
No método de reprodução assistida conhecido como coito programado, a parceira realiza tratamento hormonal com hormônios que ajudam a estimular o desenvolvimento de folículos, bolsas que contém um óvulo cada.
Quando o folículo atinge o tamanho desejado, a mulher passa então a usar outro hormônio para induzir a liberação do óvulo. Esse tratamento é acompanhado por ultrassonografia para que o controle do crescimento possa ser realizado.
Depois de induzir a ovulação, o casal deve manter relações sexuais próximas ao momento da ovulação, o que significa em média 36 horas após a aplicação do hormônio.
2. Inseminação Intrauterina (IIU) Artificial
Entre os métodos de reprodução assistida mais comuns está a inseminação intrauterina sua baixa complexidade em que apenas um dos gametas é manipulado, o espermatozóide. Após coletados, os espermatozóides são devidamente capacitados, ou seja, passam por um processo que permite a separação entre os mais ativos e aptos para fertilizar o óvulo.
Ao ter a quantidade satisfatória para o procedimento, o médico responsável deposita o conteúdo na cavidade uterina da mulher para que a fecundação aconteça nas trompas uterinas.
Esse método é indicado para homens que apresentam o espermograma com leve ou moderada alteração.
3. Fertilização in vitro (FIV)
A fertilização in vitro é o método de reprodução assistida indicado para casais que não obtiveram sucesso após tratamento com inseminação artificial ou relação sexual programada. Além disso, a FIV pode ser indicada como primeira opção em outras situações.
O procedimento consiste no estímulo ovariano por meio da administração de hormônios, aumentando o número de óvulos disponíveis para que aconteça a fertilização. Da mesma forma que na relação sexual programada, o desenvolvimento do folículo é acompanhado por meio de exames de ultrassom e dosagem hormonal.
Ao atingirem o tamanho indicado, realiza-se a coleta dos óvulos e sêmen, que serão colocados juntos para que aconteça a fertilização em laboratório.
Os embriões que são formados a partir desse momento serão selecionados e transferidos para o útero, para que aconteça o desenvolvimento da gestação de forma natural.
4. Injeção Intracitoplasmática de espermatozoides – ICSI
Muito semelhante a FIV, a Injeção Intracitoplasmática de espermatozóides se difere apenas na etapa final do método, visto que aqui, a inseminação é realizada por injeção diretamente dentro do óvulo. Por meio do auxílio de material especializado como micromanipuladores, o espermatozóide pode ser inserido diretamente no interior do óvulo. A técnica pode ser recomendada para todas as indicações dos tratamentos anteriores.
5. Doação de Óvulos
A técnica de doação de óvulos é indicada para mulheres que não tenham mais óvulos ou que tenham uma quantidade reduzida, associada à baixa qualidade, fator que ocorre com o avanço da idade, problemas relacionados à produção de óvulos ou menopausa precoce.
A doação acontece por meio de uma mulher desconhecida, que também esteja participando de um tratamento de reprodução assistida e compartilha seus óvulos excedentes ou doação altruística.
A receptora é então preparada com o uso dos mesmos medicamentos usados para preparar o útero para receber o embrião. A fecundação deve acontecer in vitro antes disso.
A tecnologia permitiu que a reprodução assistida reunisse diferentes técnicas que possibilitam auxiliar casais que apresentam dificuldades para engravidar de forma natural. Tudo isso é devido não só a eficácia de procedimentos, mas também a qualificação e experiência de profissionais cada vez mais capacitados para contribuir com seus pacientes de forma segura e eficaz. Gostou deste conteúdo? Então, veja também até que idade você pode congelar os óvulos!