Reprodução assistida para casais homoafetivos: qual é o passo a passo

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    As técnicas de reprodução assistida tornaram possíveis que muitos casais constituíssem uma família, inclusive os casais homoafetivos. Contudo, ao escolher uma clínica de fertilização, os casais de homens e mulheres devem se certificar que a empresa seja especializada, e respeite as leis e resoluções para esse tipo de tratamento. 

    Na leitura de hoje, você vai conferir o passo a passo para que a reprodução assistida seja realizada por casais homoafetivos. Além disso, vai conhecer um pouco mais sobre as normas que devem ser respeitadas para que o procedimento seja ético, seguro e leal. Acompanhe!

    Qual é o passo a passo da reprodução assistida para solteiros e casais masculinos

    A reprodução assistida ajuda casais masculinos e também homens solteiros a ter o seu bebê. Para que esse procedimento seja realizado, além da doação de gametas femininos, ou seja, óvulos, também é necessária uma barriga solidária.

    De acordo com o novo conjunto de normas éticas publicado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) em junho de 2021, a pessoa que deverá ceder temporariamente seu útero para a gestação do bebê de um casal homoafetivo masculino ou para produção independente de homens solteiros, conhecida como barriga de aluguel, deve ter parentesco consanguíneo até 4º grau.

    Além disso, é necessário que a mulher já tenha um filho vivo. Caso seja casada ou tenha união estável, o companheiro ou companheira deverá também assinar um documento que aprove o tratamento realizado pela parceira. 

    O casal, ou homem solteiro, responsáveis pela criança devem arcar com todas as despesas do tratamento de reprodução assistida, assim como acompanhamento médico durante a gestação e puerpério.

    A documentação que define a filiação da criança deve ser assinada antes da gestação acontecer. Além disso, o CFM reforçou os limites de idade já definidos. A idade máxima para pessoas realizarem tratamento de reprodução é de 50 anos. O número de embriões transferidos até 37 anos é no máximo 2 e, quem tiver mais de 37 anos, poderá transferir até 3 embriões. Lembrando que essa idade avaliada é a do óvulo, quando foi fecundado, e não da paciente que irá receber os embriões. 

    O tratamento realizado é a fertilização in vitro, em que a fecundação e o desenvolvimento embrionário são feitos em laboratório. No entanto, antes do procedimento, o casal precisa encontrar uma mulher com parentesco de um dos dois, que esteja disposta a ceder o útero temporariamente para a gestação. Além disso, recorrer à doação de óvulos.

    O procedimento então se inicia com a avaliação do casal para decidir qual dos parceiros deverá utilizar espermatozoides para a fecundação. Caso um deles ou mesmo ambos não possam fornecer, é possível recorrer ao banco de sêmen.

    A mulher que vai ceder o útero deve passar por avaliação rigorosa, física e psicológica, como forma de avaliar sua saúde e condições para uma nova gestação. Se ela estiver apta, o útero é preparado para receber o embrião.

    Assim o parceiro escolhido fará a coleta do sêmem. Com os espermatozóides preparados, em laboratório, e os óvulos doados, é feita então, a fecundação por meio da injeção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI). Ou seja, um espermatozóide é injetado em cada óvulo para aumentar a chance de fecundação.

    Esses embriões formados serão cultivados em laboratório por 3 a 5 dias. Durante esse período, o embriologista faz o acompanhamento necessário. Ao final dos dias, os embriões estão prontos para serem transferidos ao útero. 

    O número de embriões transferidos deve respeitar a resolução do CFM. 

    Depois de 10 a 12 dias, é feito o teste de gravidez para confirmar se o embrião transferido para o útero se fixou no endométrio. Caso isso tenha acontecido, tanto o casal como a cedente do útero devem ser acompanhados durante toda a gestação, para minimizar riscos gestacionais, permitindo que o bebê chegue ao tempo certo de nascimento. 

    Qual é o passo a passo da reprodução assistida para solteiros e casais femininos

    Já no caso da reprodução assistida para casais homoafetivos femininos, o procedimento é um pouco mais fácil. O casal conta com óvulos e útero, sendo necessário apenas a doação de espermatozoides.

    Além disso, segundo resolução do CFM, casais de mulheres podem ter a gestação compartilhada quando não existe infertilidade. Ou seja, situação em que o embrião é obtido a partir da fecundação dos óvulos de uma mulher, e transferido para o útero de sua parceira.

    Dessa forma, muitas vezes o casal escolhe uma das parceiras para fornecer os óvulos e a outra para gestar, sendo necessário a realização da fertilização in vitro.

    É feito o preparo do útero da mulher que vai receber os embriões e a fecundação dos óvulos da parceira, com os espermatozoides doados, por meio da ICSI

    Os embriões formados serão cultivados em laboratório até o desenvolvimento adequado. Posteriormente, é realizada a transferência para o útero da parceira, respeitando a regra do número de embriões, de acordo com o CFM. O casal deverá fazer acompanhamento de pré-natal regularmente, até o parto. 

    Qual o papel da doação de gametas para a reprodução assistida de casais homoafetivos

    Para que a gestação de homens e mulheres solteiras e de casais homoafetivos aconteça são necessários óvulos e espermatozoides, portanto a doação de gametas é fundamental. 

    Na fertilização in vitro, é feita a coleta dos gametas feminino e masculino, realizando-se a fecundação dentro do laboratório e colocando posteriormente o embrião no útero da pessoa que vai gerar a criança. Dessa forma, sem a doação de um dos gametas não é possível que o procedimento aconteça.

    A reprodução assistida permite que pessoas solteiras e casais homoafetivos possam realizar o sonho de constituir uma família. Contudo, é muito importante buscar uma clínica de fertilidade especializada, com profissionais conceituados e experiência na área.

    Para não errar, veja o que considerar na hora de escolher uma clínica de fertilidade!

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