Desde que o Conselho Federal de Medicina (CFM) permitiu o uso de técnicas de reprodução assistida para pessoas solteiras e casais homoafetivos, a busca pela produção independente tem aumentado.
Afinal, as estruturas familiares podem ser constituídas de diferentes maneiras. Dessa forma, no Brasil também são reconhecidas como famílias apenas uma mãe, apenas um pai, duas mães ou dois pais.
Para você conhecer melhor essa possibilidade de desenvolver uma família, trouxemos na leitura de hoje o passo a passo da realização de uma produção independente. Acompanhe conosco!
O que é uma produção independente?
A produção independente é a forma que as mulheres contam para engravidar sem a necessidade de um parceiro do sexo masculino, ou vice-versa. Ela é possível graças ao avanço das técnicas de reprodução assistida.
Com a ajuda da ciência, tanto mulheres que não possuem parceiros, quanto casais homoafetivos podem realizar o sonho de ter filhos a partir de uma produção independente. Na produção independente, o acompanhamento da gravidez começa bem antes dela acontecer, já no processo de gerar o embrião em um laboratório.
Qual é a relação da produção independente com o empoderamento feminino?
A produção independente é uma realidade cada vez mais comum entre mulheres sozinhas, que não contam com companheiro ou companheira ao seu lado. Por não querer esperar para ter um filho, devido à idade, muitas recorrem à reprodução humana para realizar o sonho de ser mãe.
Essa escolha é um processo de empoderamento que rompe a submissão da mulher como um instrumento reprodutivo. Com a autonomia e domínio por seu próprio corpo, a produção independente livra a mulher da necessidade de ter outra pessoa para conceber.
Entenda o tratamento de produção independente em 4 passos
Ao escolher a produção independente, o acompanhamento da gestação é iniciado antes dela ocorrer de fato. A seguir, você poderá entender melhor o tratamento em apenas 4 passos.
1. Consulta com um especialista
A produção independente deve começar com a avaliação de um especialista em reprodução humana. De início, o profissional fará a avaliação do potencial reprodutivo da mulher incluindo informações clínicas, laboratoriais, como a dosagem do hormônio antimulleriano, e ultrassonográficas, como a contagem dos folículos ovarianos e avaliação da anatomia uterina.
Munido destas informações, o profissional pode realizar o aconselhamento sobre as taxas de sucesso da produção independente, em função da reserva ovariana e idade da mulher. Além disso, é possível verificar qual tratamento será o mais adequado para aquele caso em específico.
Na produção independente existem duas opções. A inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV). Contudo, antes de iniciar o tratamento, é preciso adquirir a amostra do sêmen do doador ou a doação dos óvulos, caso a produção independente seja realizada por um casal homoafetivo masculino.
2. Aquisição de sêmen ou óvulos doados
A mulher que decidir realizar a produção independente vai precisar de um banco de sêmen para fecundar o óvulo. Assim, os espermatozoides usados no procedimento podem vir de bancos de sêmen nacionais ou internacionais.
Para a coleta dos óvulos, a mulher deverá passar pela indução da ovulação. Esse procedimento é realizado por meio de medicamentos. Caso existam problemas para a produção de óvulos, a mulher pode a fertilização in vitro, utilizando a doação do óvulo e sêmen.
3. Transferência do embrião para o útero
Dessa forma, após a fecundação em laboratório, o embrião é transferido para o útero da mulher que está realizando a produção independente. A partir desse momento, a gravidez acontece da mesma forma que as demais.
Para casais homoafetivos formados por duas mulheres, o material genético masculino também deve ser originado do banco de sêmen. Contudo, é possível escolher qual das futuras mães utilizará seus óvulos e qual vai carregar o embrião.
Já casais homoafetivos masculinos que escolhem a produção independente, além da doação de óvulos, é necessário um útero de substituição, que deve ser emprestado de forma solidária e temporária para a gestação.
4. Inseminação artificial ou Fertilização in Vitro
Atualmente, existem 2 técnicas que possibilitam a produção independente: a inseminação artificial e a fertilização in vitro. O especialista em reprodução assistida será o responsável por indicar qual destes tratamentos é o mais indicado para cada caso.
Inseminação artificial
A inseminação artificial é considerada uma técnica de baixa complexidade. Nela, é realizada a colocação dos espermatozoides na cavidade do útero durante o período da ovulação da mulher.
Para isso, ocorre a estimulação dos óvulos por meio do uso de medicamentos e, a partir daí é realizado o monitoramento ecográfico, de modo a determinar o melhor momento de inserir o sêmen no útero.
Fertilização in Vitro
A técnica de fertilização in vitro, considerado o procedimento de reprodução assistida com as maiores taxas de sucesso, também é utilizada para a produção independente, sendo buscada por mulheres sozinhas que desejam ter filhos e também por casais homoafetivos.
Para casos como este, a fertilização in vitro acontece a partir da doação do sêmen ou doação de óvulos, como vimos anteriormente. Dessa maneira, os materiais genéticos são fecundados em laboratório. Então, após o embrião ser gerado, é transferido para o útero da mãe.
Para que o passo a passo da realização da produção independente seja realizada de forma segura e adequada, é fundamental buscar uma clínica de profissionais especialistas qualificados para os processos de reprodução assistida.
Se você tem interesse em realizar uma produção independente, faça um agendamento conosco para conhecer a Clínica de medicina reprodutiva Pró-Criar!