Uma técnica utilizada durante o processo de Fertilização in Vitro para aumentar as chances de engravidar é a implantação de dois ou mais embriões no útero materno. Nesse caso, as chances de que um dos embriões consiga fixar-se no endométrio, resultando em uma gravidez são maiores. Por outro lado, existe o risco de que a mulher engravide de gêmeos, trigêmeos ou de até mais bebês.
Portanto a adoção desse procedimento deve ser cuidadosamente pensada e discutida com o médico especialista. Continue a leitura do texto e compreenda como acontece o processo de transferência embrionária, sua importância para o tratamento e qual a relação entre o número de embriões transferidos e as chances de engravidar.
Como acontece o processo de transferência embrionária?
A transferência embrionária é o último passo da Fertilização in Vitro e ela pode ser dividida em algumas etapas:
Seleção dos embriões
Primeiramente são selecionados os melhores embriões, ou seja, aqueles com maiores chances de sobrevivência. Nessa etapa é definido também o número de embriões que serão transferidos.
Limpeza do colo do útero
Uma vez selecionados os embriões, o colo do útero será examinado e serão retiradas secreções ou obstáculos que possam dificultar ou impedir a passagem do cateter com os embriões.
Implantação dos embriões
O cateter é inserido por meio da cavidade vaginal e os embriões são transportados pelo colo do útero até chegarem ao centro da cavidade uterina onde serão depositados. Depois disso, os médicos conferem se não sobrou nenhum embrião no cateter. Então o procedimento está completo e 12 dias depois pode ser realizado o exame para confirmar a gravidez.
Qual a importância da transferência embrionária na FIV?
Como a última etapa da FIV a transferência embrionária é um procedimento de extrema importância. Afinal, a escolha dos embriões e a sua correta implantação no útero materno podem definir o sucesso ou insucesso de todo o procedimento. Alguns fatores devem ser cuidadosamente analisados, aumentando assim, as chances de engravidar:
Receptividade endometrial
É importante que o procedimento seja realizado no momento em que o tecido endometrial está mais espesso, com maior receptividade. Durante esse período, as chances de fixação do embrião são muito maiores.
Qualidade dos embriões
A classificação embrionária começa antes do seu primeiro dia de vida. Quando o embrião está na fase zigoto, os médicos avaliam a simetria das dimensões pró-núcleos, onde ficam os cromossomos dos pais. Outro ponto considerado é a espessura da zona pelúcida, uma camada gelatinosa situada na parte externa e rica em proteínas.
Os embriões com a zona pelúcida mais espessa costumam ter mais chances de sucesso. Depois que o embrião completa um dia de vida já pode ser avaliada também a qualidade e simetria das suas células.
Quantidade de embriões
A quantidade de embriões deve ser cuidadosamente estudada, o número pode aumentar as chances de gravidez, porém aumenta também as chances de gestações múltiplas que alguns casos geram 4 bebês ou até mais. Além disso, existe uma determinação do Conselho Federal de Medicina que estabelece o número máximo de embriões a serem implantados de acordo com a idade materna.
Se a mãe possui até 35 anos podem ser implantados no máximo dois embriões. Em mulheres entre 35 e 40 anos o número sobe para 3 e após essa idade o limite é de 4 embriões. Existem também diversos outros fatores a serem considerados que independem da idade materna e influenciam diretamente nas chances de gravidez.
Como o DNA e histórico materno influenciam nas chances de gravidez?
Como você pode perceber até aqui o número de embriões é apenas um dos fatores dentro do procedimento de transferência embrionária. A idade materna e a qualidade dos embriões são tão ou mais importantes do que a quantidade. Além disso, devem ser considerados também o histórico materno, uma possível menopausa precoce e a anatomia uterina:
Menopausa precoce
As mulheres podem herdar da mãe o gene da menopausa precoce. Quando isso acontece, a idade fértil da mulher não corresponde à sua idade cronológica, mas sim à de uma pessoa mais velha, o que reduz as chances de engravidar.
Histórico materno
Se por algum motivo a mulher já realizou alguma cirurgia uterina como miomectomia ou cesáreas prévias é possível que existam cicatrizes ou sequelas que dificultem a fixação do embrião.
Anatomia uterina
Algumas mulheres nascem com malformações uterinas, como útero bicorno, unicorno, didelfo ou septado. Essas anomalias não impedem a gravidez, porém diminuem as chances de gravidez ou podem dificultar a permanência do bebê no útero durante a gestação.
Qual a relação entre a quantidade de embriões e as chances de engravidar?
Como vimos até aqui existem diversos fatores que influenciam no sucesso da FIV e a quantidade de embriões implantados é apenas um deles. Portanto não é possível estabelecer uma relação direta ou taxas percentuais quanto ao número de embriões implantados e os índices de sucesso. Cada caso deve ser estudado individualmente, levando em conta os pormenores de cada mulher e de cada casal.
Se você está em dúvidas quanto ao número de embriões a serem implantados durante a FIV o ideal é conversar com um médico especialista no assunto e realizar os exames e testes indicados para saber como proceder e aumentar as suas chances de gravidez.
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