Durante o tratamento de FIV (fertilização in vitro), um pequeno sangramento pode ocorrer após a transferência embrionária. Essa situação é muito comum, no entanto, pode provocar insegurança e dúvidas nas tentantes, mas trata-se da Nidação da FIV.
O motivo para essa ocorrência é chamado de nidação, e deve ser diferenciado de um sangramento menstrual. Além disso, é importante saber o que fazer durante a nidação do embrião, após a FIV. Por isso, continue a leitura e saiba mais sobre esse assunto!
O que é a nidação?
A nidação é o momento em que o embrião se prende ao endométrio (camada interna do útero) para iniciar a gestação. O endométrio é uma parede altamente vascularizada que recobre o útero, por isso, passa por mudanças cíclicas devido aos estímulos hormonais do estrogênio e progesterona, para permitir a fixação do embrião e o início da gestação.
Durante o ciclo menstrual, essa camada do endométrio é submetida a diversas transformações que a tornam mais espessa e receptiva. Com aproximadamente uma semana de ovulação, a mulher se encontra em um período chamado de janela da implantação.
Esse é o momento no qual o tecido do endométrio apresenta boa receptividade, com condições propícias para a nidação. Ou seja, a implantação do embrião no útero. Naturalmente, a fertilização do óvulo é realizada na tuba uterina, com o embrião se deslocando pela tuba em direção ao útero.
Após a nidação, o embrião entra profundamente no estroma endometrial, camada profunda, tendo seu local de fixação recoberto pelo epitélio. Dessa forma, ocorre uma reação decidual acompanhada de alterações vasculares e glandulares. Isso ocorre para impedir que o organismo da mãe reconheça o embrião como um corpo estranho.
Além disso, as células embrionárias passam a produzir o HCG (gonadotrofina coriônica humana), hormônio responsável por manter o corpo-lúteo, estrutura que secreta progesterona para manutenção do endométrio, em atividade. Por isso, a nidação é um processo fundamental para a gestação.
Qual é a relação da nidação com a FIV
Na FIV, a nidação ocorre do mesmo modo que em gestações consideradas espontâneas. No entanto, existem diferenças entre as etapas anteriores do processo reprodutivo.
A FIV é um tratamento realizado em várias etapas, começando pela estimulação ovariana, fase importante para o desenvolvimento e amadurecimento de múltiplos óvulos em um único ciclo.
Antes da ovulação, é realizada a aspiração dos folículos ovarianos para a coleta dos óvulos. Do mesmo modo, o sêmen é coletado e processado por meio de técnicas de capacitação espermática.
Após o preparo do sêmen, os óvulos são fertilizados, formando embriões que permanecem em uma incubadora para o cultivo embrionário, processo que pode durar entre 2 e 7 dias. É somente depois de todas essas etapas que a transferência dos embriões para o útero é realizada.
Na FIV, os mesmo fatores que determinam a implantação do embrião em uma gravidez espontânea influenciam a nidação no ambiente uterino. Ou seja, a qualidade do embrião e receptividade do endométrio.
Como são investigadas as falhas da nidação em uma FIV?
Em alguns casos, mesmo com a FIV e a transferência de embriões de qualidade, o casal não consegue obter uma gestação. Essa condição é chamada de falha de implantação, visto que, apesar da certeza de que os embriões tenham chegado até a cavidade uterina, não é possível afirmar que a nidação ocorreu devido ao resultado negativo do teste de gravidez.
Contudo, nenhum exame é capaz de confirmar que houve fecundação do óvulo e que o embrião se formou de fato em tentativas sem o uso da FIV. Uma forma precoce de diagnosticar que houve a formação do embrião é quando o mesmo já está implantado, e a mulher apresenta o teste de gravidez positivo.
Já na FIV, pode-se investigar e tratar algumas causas de falhas na implantação do embrião. Entretanto, nenhum tratamento é eficaz para todos os casos. É possível que fatores distintos dificultem a implantação.
Além disso, em tratamentos de FIV, é realizado o suporte à fase lútea utilizando progestogênios (forma sintética da progesterona) para melhorar a receptividade do endométrio.
Para quem deseja realizar a FIV, qual a importância de compreender sobre a nidação?
A nidação é um processo de extrema importância na FIV. Afinal, o futuro da gestação depende de uma implantação adequada do embrião. É a partir desse período que os hormônios e nutrientes necessários para o embrião são liberados de forma efetiva.
Após a nidação, a interação entre o embrião e o endométrio permite a liberação do beta-hCG, hormônio que, ao ser detectado no sangue ou urina da tentante, sinaliza o sucesso da gestação.
Você conheceu um pouco mais sobre o processo de nidação em gestações espontâneas e também naquelas obtidas por tratamentos de fertilidade, como a FIV. Além disso, pôde conferir a importância de compreender esse momento, visto que é fundamental para que a gravidez aconteça.
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Então, conheça também quais as chances de sucesso da fertilização in vitro!