Quando um casal apresenta dificuldades para engravidar e busca métodos de reprodução assistida como a FIV (fertilização in vitro), um dos primeiros fatores avaliados pelo profissional é a reserva ovariana.
De grande importância para a fertilidade feminina, a reserva ovariana representa a quantidade de folículos (estruturas onde os óvulos são armazenados) que a mulher possui.
Por isso, quando há baixa reserva ovariana, as chances de uma gestação diminuem. Veja a seguir, a relação entre a baixa reserva ovariana e a fertilidade quando o seu número cai, o que chamamos de baixa reserva ovariana, e como a FIV pode ajudar a superar esse problema!
O que é baixa reserva ovariana?
A reserva ovariana é a quantidade de folículos ovarianos que estão presentes nos ovários. São formados ainda na vida intrauterina, ou seja, quando a mulher ainda está na barriga da mãe, e por isso, sua quantidade é limitada.
Os folículos são utilizados ao longo dos ciclos menstruais e como não podem ser mais produzidos, o estoque acaba diminuindo com o passar do tempo. Essa baixa na reserva ovariana é inevitável e está relacionada com a idade da mulher.
A fertilidade começa a diminuir a partir dos 35 anos. Com a piora na qualidade dos óvulos e diminuição no estoque de folículos, a mulher chega aos 40 anos com uma reserva ainda menor, causando maior dificuldade para a gestação.
Como ocorre o diagnóstico?
O diagnóstico da baixa reserva ovariana é realizado mediante a avaliação. Ao buscar tratamentos como a FIV, o especialista solicita exames para investigar as causas da infertilidade feminina.
A partir das informações obtidas, o médico pode avaliar o caso e indicar o tratamento de fertilidade adequado para uma gestação. Entre os exames feitos para identificar a baixa reserva ovariana, estão:
- ultrassonografia transvaginal;
- dosagens do hormônio folículo-estimulante (FSH);
- hormônio antimülleriano (produzido por células dos folículos).
O ultrassom transvaginal é usado para calcular o número de folículos da mulher. Quanto maior a quantidade, maior será a resposta à estimulação necessária para o tratamento.
Já as dosagens de FSH avaliam os níveis deste hormônio e também do estrogênio. Ambos atuam diretamente no ciclo menstrual. Desse modo, um possível desequilíbrio em sua produção pode indicar baixa reserva ovariana.
Assim como a verificação das doses de FSH e estrogênio, medir a produção do hormônio antimülleriano contribui na estimativa da quantidade de óvulos que a mulher ainda pode produzir.
Qual é a relação da baixa reserva ovariana e a dificuldade para engravidar?
Durante todo ciclo menstrual, o corpo da mulher se prepara para a gestação. Entre suas variadas funções, os hormônios atuam em uma parte dos folículos para seu crescimento. Contudo, somente um se desenvolve, e libera o óvulo para ser fecundado.
Aqueles que não se desenvolveram são eliminados naturalmente. Esse processo se repete a cada ciclo menstrual, durante toda a vida, até a chegada da menopausa.
Além da quantidade de óvulos, sua qualidade também é afetada com o tempo. Isso causa a diminuição nas chances de uma gestação, além de aumentar o risco de alterações genéticas e abortamento espontâneo.
Desse modo, quando a qualidade do óvulo dificulta a gestação, se torna uma das principais causas de infertilidade feminina. Além da idade da mulher, outros fatores também podem causar a baixa reserva ovariana, como tratamento oncológicos, endometriose, menopausa precoce e tabagismo.
Por que a FIV é a solução nestes casos?
Considerando que a baixa reserva ovariana causa grande dificuldade para o desenvolvimento de uma gestação, é importante buscar métodos de reprodução assistida para que isso seja possível, como a FIV.
Essa é a técnica mais indicada por sua eficácia e maior taxa de sucesso entre casos de infertilidade. A FIV se inicia com uma estimulação ovariana, realizada para desenvolver mais folículos e elevar o número de óvulos maduros que são usados na fecundação.
Para isso, a mulher recebe medicamentos hormonais semelhantes aos produzidos em seu corpo, durante o ciclo menstrual. Ao atingir o tamanho adequado, os folículos ovarianos são coletados por meio de punção folicular. Os óvulos então são extraídos, selecionados, e fecundados em laboratório.
Após alguns dias do início da FIV, os embriões mais saudáveis que se formaram são transferidos para o útero da mulher, onde será implantado e dará continuidade na gestação. Nesse período conhecido como nidação, o embrião se fixa no tecido que reveste a camada interna do útero para seu desenvolvimento.
Visto que a FIV é o método de reprodução assistida com maior eficácia e mais elevada taxa de sucesso, é fortemente recomendada por especialistas para casos de baixa reserva ovariana.
Contudo, devemos considerar que cada caso é avaliado individualmente, e terá o tratamento adequado de acordo com indicação do especialista após o diagnóstico correto relacionado à infertilidade.
Gostou de entender mais sobre este assunto?
Então, veja também os principais exames usados para investigar as causas da infertilidade!