FIV por ICSI: posso optar por essa técnica em meu tratamento?

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    A fertilização in vitro (FIV) é a técnica de reprodução assistida com maiores taxas de sucesso. Entre suas vantagens, está a possibilidade de utilizar a técnica para solucionar problemas que impedem a gravidez. E nesse conteúdo você vai entender mais sobre FIV por ICSI. 

    A FIV é realizada em diversas etapas. Contudo, uma delas, a fecundação, pode ser feita de duas maneiras. A forma clássica, ou fertilização por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). A seguir, conheça mais sobre a diferença entre elas e quando essa técnica é indicada. 

    O que é a FIV clássica e o que é a FIV por ICSI? Quais são as diferenças? 

    A FIV e a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóides são os procedimentos mais comuns para a reprodução assistida. A principal diferença entre estes procedimentos é a forma como o espermatozoide faz a fertilização do óvulo. 

    FIV Clássica 

    A FIV é uma das principais formas de reprodução assistida, desenvolvida no início para infertilidade por problemas nas trompas e alterações de sêmen. Atualmente, o procedimento é indicado para a maioria das causas moderadas e graves de infertilidade. 

    Na FIV os óvulos são captados antes da ovulação e levados ao laboratório, onde são fertilizados pelo espermatozoide do companheiro ou de banco de sêmen doado. Ou seja, o oócito fica exposto a milhões de espermatozoides e um deles consegue penetrar sozinho.  

    Os embriões, formados pelos óvulos fertilizados, são mantidos no laboratório por um período de cultivo que pode variar entre 2 a 7 dias. Após esse tempo, os embriões são transferidos para o útero da mulher. 

    FIV por ICSI 

    Já na FIV por Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides, a técnica é realizada com a introdução de um único espermatozoide previamente selecionado dentro de cada óvulo, para a fecundação. 

    O método é indicado principalmente em casos de infertilidade por fator masculino grave, ou quando a amostra de espermatozoides é limitada, como acontece nas punções ou biópsias para obtencão do espermatozóide. A ICSI permite ter sucesso com uma gravidez em casos de oligospermia (quantidade e qualidade baixa de espermatozoide) e até mesmo vasectomia. 

    Para a realização desse procedimento, é feita a coleta dos espermatozoides por meio de masturbação, métodos como a eletroejaculação ou técnicas cirúrgicas, como a biópsia testicular ou punção de epidídimo, para os casos em que o paciente não apresente gametas no material ejaculado.

    É o procedimento de escolha para casos de amostra seminal congelada por meio de criopreservação, após o descongelamento do material.  

    Após coletado, o sêmen deve ser avaliado no laboratório, onde são feitos exames que avaliam desde a quantidade e qualidade dos espermatozóides produzidos, como características morfológicas e análise da capacidade de mobilidade. A partir desse momento, são selecionados os que apresentam melhor capacidade para serem utilizados na fecundação dos óvulos por meio da ICSI.  

    Nesse procedimento a injeção intracitoplasmática de espermatozoides acontece, quando o melhor gameta masculino selecionado é inserido dentro do óvulo, em laboratório, por meio de uma agulha finíssima. Após a fecundação, o embrião formado fica em cultivo até seu desenvolvimento final, quando será transferido para o útero que irá gerá-lo. 

    Quais são as características da FIV por ICSI? 

    Ainda que seja um tratamento de FIV, a ICSI apresenta uma característica distinta da técnica clássica.

    Isso porque os espermatozoides penetram no óvulo naturalmente na FIV. Já na ICSI, o espermatozoide é inserido dentro no óvulo, facilitando assim a fecundação e aumentando as chances de sucesso. 

    Posso optar pela FIV por ICSI em meu tratamento? 

    A decisão de escolher o melhor tratamento de reprodução assistida deve ser feita junto de um profissional especializado. Afinal, antes disso, é preciso entender os motivos da infertilidade e causas associadas. 

    A principal indicação de ICSI está relacionada a alterações seminais graves que levam a infertilidade. Fatores como baixa produção de sêmen, dificuldade com a ejaculação ou mesmo quando ela acontece de forma retrógrada são alguns dos principais indícios que levam os homens aos consultórios.  

    Por serem causas que podem dificultar a gravidez, é importante realizar exames para investigá-las, como dosagem hormonal (principalmente a testosterona), espermograma, que avalia a qualidade do sêmen coletado, e o exame testicular, para identificar varicocele, cistos ou alterações de volume testicular.   

    Além disso, casos resultantes de tratamentos médicos e cirurgias, como a quimioterapia e a vasectomia, podem necessitar desse procedimento.  

    A técnica também pode ser utilizada em casos em que haja um baixo número de óvulos disponíveis para a fecundação, aumentando as chances de sucesso. 

    É comum que casais recorram à injeção intracitoplasmática de espermatozoides depois de não obterem sucesso com outros tratamentos de reprodução, como a inseminação artificial (AI) e a FIV clássica.

    Por isso, se as primeiras tentativas não deram certo, não desanime. Outros procedimentos ainda podem ser a solução para o sucesso em uma gestação. 

    Quer saber mais?

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