A infertilidade afeta milhares de casais pelo mundo, adiando ou impedindo completamente a gestação de um filho. Várias doenças podem reduzir a fertilidade tanto de homens como de mulheres e, muitas vezes, essas condições podem passar despercebidas.
Por isso, vamos mostrar quais são os principais fatores que influenciam a fertilidade masculina e feminina e também como o apoio de uma equipe médica especializada pode ser fundamental para aumentar as chances de concepção de vários casais.
Além disso, damos algumas dicas preciosas para você aumentar sua fertilidade imediatamente. Vamos lá?
Até que idade posso engravidar?
A idade da mulher é um dos fatores mais importantes quando o assunto é fertilidade, já que esse fator, por si só, influencia a qualidade dos óvulos femininos e a viabilidade de uma possível gravidez. Por isso, vamos discutir agora porque quanto mais velha é a mulher, menores são as chances de engravidar.
Relação entre idade e a quantidade e qualidade dos óvulos
Os óvulos (células reprodutivas femininas) são produzidos e maturados nos ovários. É importante ressaltar que cada mulher nasce com um número limitado de óvulos em potencial que serão fecundados e amadurecidos durante os ciclos menstruais. A questão é que, à medida que a mulher envelhece, seu número de óvulos saudáveis vai diminuindo gradativamente, até cessarem completamente por volta dos 45-50 anos, quando ocorre a menopausa.
Por isso, mulheres que estão acima dos quarenta anos têm menores chances de engravidar, já que seus ciclos menstruais são mais irregulares e os óvulos que restaram em seus ovários são mais propensos a mutações e erros de maturação.
A melhor época para engravidar
Como vimos acima, o próprio organismo feminino diminui sua fertilidade gradativamente depois dos quarenta anos, época que normalmente antecede a menopausa. Por isso, a maioria dos especialistas concorda que a melhor época para uma mulher engravidar é aquela compreendida entre os 18 e 35 anos, já que é justamente nesse período que seus óvulos são mais saudáveis e seus ciclos menstruais são mais regulares, aumentando as chances de uma fertilização efetiva.
A medicina como aliada das mulheres
Nas últimas décadas, com a crescente entrada da população feminina no mercado de trabalho, muitas mulheres estão adiando a maternidade para períodos em que suas carreiras estão estabelecidas e suas vidas possuem o ambiente psicológico e financeiro propícios para a gravidez. Entretanto, essa característica social faz com que muitas mulheres tentem engravidar em idades mais avançadas, dos trinta anos em diante. Isso, como vimos, significa uma redução progressiva das chances de ter filhos, principalmente depois dos quarenta anos.
Felizmente, a medicina atual consegue ajudar muitas mulheres nessa idade crítica, utilizando tratamentos com técnicas de reprodução assistida para viabilizar os sonhos dessas futuras mães.
Fertilidade masculina: entenda!
Os problemas de fertilidade masculina normalmente afetam a produção de espermatozoides e o trânsito destes pelo sistema reprodutor. Neste tópico, vamos abordar duas condições comuns que causam infertilidade no homem: a varicocele e a azoospermia.
O que é varicocele?
A varicocele consiste no fluxo sanguíneo defeituoso na região escrotal, formando varizes. Mais comum dos 15 aos 25 anos, ainda não tem causa totalmente determinada. A doença pode afetar a fertilidade do homem, pois pode piorar a produção e a mobilidade dos espermatozoides. Em alguns casos, a infertilidade pode ser permanente. Entre os sintomas, temos a dor e o desconforto no testículo, além de inchaço da região. O tratamento normalmente é cirúrgico, com redirecionamento e normalização do fluxo sanguíneo na região.
Entenda o conceito de azoospermia
A azoospermia é conceituada como a ausência de espermatozoides no sêmen do homem. A condição é confirmada pelo espermograma (exame que citamos anteriormente) e pode ter muitas causas diferentes, como:
- Doenças genéticas
- Obstruções dos ductos seminais.
- Tratamento de câncer
- Uso de drogas, medicamentos ou hormônios
Alguns casos de azoospermia podem ser tratados combatendo a causa de origem, mas quadros prolongados e/ou hereditários podem levar à infertilidade permanente.
Fertilidade feminina: principais doenças
Inúmeras condições e problemas podem dificultar ou impedir a gravidez da mulher. Neste capítulo, vamos abordar especificamente duas condições muito comuns que são responsáveis por vários casos de infertilidade: a endometriose e a síndrome dos ovários policísticos. Entenda o que são essas doenças, como elas podem causar a infertilidade feminina e quais são os exames e tratamentos médicos específicos para esses quadros.
A endometriose
Essa doença é caracterizada pelo crescimento de tecido uterino (o endométrio) em regiões fora do útero. A condição tem muitas causas e, aparentemente, tem um componente familiar envolvido. Entre os sintomas da endometriose, temos dor ou desconforto em região pélvica ou abdominal, que são pioradas em cada ciclo menstrual ou na relação sexual. Um terço das mulheres com endometriose apresentam dificuldades de engravidar. O tratamento pode ser hormonal ou cirúrgico, dependendo da gravidade do quadro.
Síndrome dos ovários policísticos
A síndrome dos ovários policísticos consiste na presença de múltiplos cistos nos ovários, assim como o aumento do tamanho destes. A doença pode causar infertilidade por diminuir a ovulação normal e causar um desequilíbrio hormonal na pessoa afetada.
Sintomas comuns incluem: ciclos irregulares e pouco frequentes, queda de cabelos, pele oleosa, acne, aumento do peso e crescimento anormal de pêlos. O diagnóstico da SOP é feito por dosagens hormonais e por exames de imagem. Já o tratamento consiste na correção do desequilíbrio hormonal e na indução de ovulação.
Saiba como descobrir se você é infértil
A fertilidade, por si só, é um dos tópicos mais complexos da medicina, já que várias condições e doenças podem diminuir as chances ou impedir totalmente que um casal tenha filhos. As estimativas mais recentes mostram que cerca de 40% das causas de infertilidade se originam da mulher, 40% do homem e 20% são constituídas por fatores que afetam o casal simultaneamente.
Por isso, procurar uma clínica especializada no assunto é fundamental para casais que estejam passando por dificuldades na hora de tentar engravidar. Vamos mostrar agora como reconhecer os sinais que podem indicar problemas de fertilidade, assim como os exames e os procedimentos médicos adequados.
Os sinais de alerta da infertilidade
A infertilidade é caracterizada formalmente como a incapacidade de gerar filhos depois de um ano ou mais de tentativas repetidas, sem nenhum uso de métodos anticoncepcionais. Após 35 anos de idade da mulher considera-se o período de 6 meses.
Então, caso o casal não tenha tido sucesso em um tempo maior ou igual ao descrito acima, a ajuda profissional talvez seja indicada, já que cada caso de infertilidade é diferente e dependerá de uma estratégia de tratamento distinta. Além disso, alguns sinais e condições podem indicar problemas na saúde do homem e da mulher, que possivelmente estão afetando a fertilidade. Alguns deles:
- Relações sexuais extremamente dolorosas
- Histórico de endometriose e ovários policísticos na família da mulher
- Sangramentos vaginais sem causa aparente
- Irregularidade e alteração dos ciclos menstruais, que podem ter ausência ou excesso de sangramento
- Peso baixo ou excessivamente alto
- Presença de doenças crônicas como: diabetes, hipertensão e anemia (tanto no homem quanto na mulher)
- História de câncer de mama ou ovário recente ou na família
- Tabagismo ou alcoolismo
- Histórico de infecções pélvicas ou nos órgãos reprodutivos
- Histórico familiar de menopausa precoce
Exames médicos fundamentais
Caso um casal decida procurar o auxílio de uma clínica especializada em fertilidade, os profissionais responsáveis vão fazer uma extensa rotina de exames a fim de procurar condições no organismo da mulher e do homem que expliquem a incapacidade de gerar um filho. Entre os exames mais importantes, temos:
- Testes sanguíneos que detectam doenças como: diabetes, HIV, sífilis e hepatite, por exemplo
- Espermograma: responsável por avaliar a quantidade e a qualidade dos espermatozoides do homem
- Dosagens hormonais: avaliam o balanço e o equilíbrio dos hormônios sexuais do homem e da mulher
- Ultrassom endovaginal: exame de imagem que revela a anatomia e a estrutura do útero, condições como endometriose, ovários policísticos, pólipos e miomas
- Radiografia das tubas uterinas: exame de imagem que avalia a permeabilidade das tubas uterinas
Fertilização in vitro
A fertilização in vitro é, hoje, motivo de esperança para milhares de casais no mundo com diagnóstico de infertilidade. A técnica, aprimorada ao longo das últimas décadas, utiliza modernas tecnologias de estimulação e otimização da fertilidade e transforma em realidade o sonho de ter filhos. Veja como funciona o processo, quais são seus preparativos, indicações, riscos e outros detalhes específicos da técnica.
Entenda o que é e como funciona
A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica que visa otimizar o encontro dos gametas masculinos e femininos (espermatozoides e óvulos) fora do corpo para a formação de um embrião saudável. A primeira etapa consiste na coleta dessas células. Posteriormente, esses gametas são utilizados para a fecundação in vitro. Dessa maneira, embriões iniciais são formados e então, são maturados e transferidos no útero da mulher via cateter (entre 2 a 5 dias de cultivo em). Se ocorrer a tudo correr bem, a gestação se inicia normalmente a partir desse momento.
Conheça os preparativos para o procedimento
Antes da FIV ser iniciada, vários preparativos devem ser realizados. Uma bateria de exames ajuda a avaliar a saúde geral do homem e da mulher, e comprovam a indicação do procedimento. Além disso, o casal deve ser informado dos riscos e efeitos colaterais do procedimento, sendo também preparado caso o processo não seja bem sucedido e que novas tentativas talvez sejam necessárias.
Quando definido como método de escolha e todos os preparativos já tenham sido realizados, o primeiro procedimento consiste na estimulação dos ovários femininos com medicamentos específicos, para que se aumente as chances de coletar óvulos.
Riscos, efeitos colaterais e contraindicações
Apesar de ser um procedimento amplamente seguro, a fertilização in vitro não é livre de riscos e efeitos colaterais, como:
- Maiores chances de originar gestação múltipla (mais de um feto na mesma gestação)
- Efeitos colaterais mais comuns: desconforto abdominal, mudanças de apetite e humor, dores de cabeça, aumento moderado de peso (dois quilos aproximadamente) e inchaço nas pernas
- Hiperestímulo ovariano
A FIV pode ser contraindicada para mulheres que tenham doenças que contraindicam uma gravidez, como exemplo: diabetes descompensada, hipertensão descontrolada e patologias graves do coração.
Para quem é indicada?
A Fertilização in Vitro pode ser indicada para qualquer pessoa ou casal que deseja ter filhos mas que não pode consumar essa vontade naturalmente. Isso inclui casais homoafetivos, mulheres que desejam uma produção independente, que possuem problemas no útero, que irão passar por tratamentos oncológicos, têm endometriose ou quaisquer outras condições que impeçam a gravidez. Há um método indicado para cada um dos casos.
Bônus: 5 dicas para aumentar a fertilidade do casal
Agora que você já sabe os tópicos mais importantes da fertilidade, vamos listar cinco dicas simples, que devem ser tentadas em conjunto com seu parceiro, e que possuem o potencial de aumentar suas chances de ter filhos imediatamente. Lembrando que essas dicas não garantem a fertilidade e nem substituem uma visita a um médico especializado, mas podem ser de grande valia para um casal que está tentando a primeira gravidez. Confira!
Tenha uma rotina de exercícios físicos
Atividades físicas regulares são excelentes para a saúde geral de qualquer pessoa. Elas melhoram a disposição do casal, reduzem a ansiedade e otimizam todos os sistemas do organismo, além de combaterem a obesidade, que é causa direta de infertilidade.
Reduza o estresse do casal
Situações que geram estresse e aumentam a ansiedade do casal dificultam a concepção, causando atritos na relação dos futuros pais e redução na atividade sexual. Por isso, busque atividades relaxantes para realizar com seu parceiro, tais como yoga, aulas de dança, hidroginástica e jogos.
Equilibre sua alimentação
Uma alimentação balanceada garante que todos os nutrientes que o organismo necessita estejam sendo ingeridos e equilibra os níveis hormonais da mulher e do homem, além de manter o peso adequado e evitar doenças crônicas.
Fuja do álcool e dos cigarros
O consumo de álcool e tabaco é diretamente relacionado à alteração na produção de espermatozoides e à alteração da fertilidade feminina. Por isso, abandone esses hábitos juntamente com seu parceiro. Assim, você estará aumentando imediatamente suas chances de engravidar, além, é claro, de evitar o surgimento de muitas doenças perigosas!
Reduza sua exposição à toxinas
Compostos químicos tóxicos podem causar mutações nas células sexuais e impedir a formação de embriões saudáveis. Por isso, evite contato com ambientes excessivamente poluídos e a ingestão de alimentos com agrotóxicos.
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