Entenda a relação entre fertilização in vitro e gestação múltipla

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    Os números já se reduziram bastante nas últimas décadas, mas a incidência de gêmeos, trigêmeos e até quádruplos ainda costuma ser bem maior com a fertilização in vitro (FIV) do que pela concepção natural, podendo acarretar riscos para a saúde da mãe e do bebê. Quer entender melhor qual a relação entre a FIV e as gestações múltiplas? Por que elas acontecem e como evitá-las? É possível escolher quantos bebês você irá ter? Tem tudo isso explicadinho aqui no nosso post. Vamos ver?

     

    O que é a gestação múltipla?

    Gestação múltipla é aquela que gera mais de um bebê, podendo ser de gêmeos, trigêmeos, quádruplos, quíntuplos e assim por diante. Pela concepção natural, a chance de ter uma gestação múltipla varia entre 1% e 5%, dependendo de fatores genéticos, hereditários, da etnicidade e da idade da mãe.

     

    Qual é a chance de uma gestação múltipla por FIV?

    Na Europa, onde a maioria das clínicas utiliza técnicas de FIV mais avançadas e a legislação é mais rigorosa, a taxa de gestação múltipla está estagnada há anos, por volta dos 26%, sendo:

     

    • 24% de gêmeos;
    • 2% de trigêmeos;
    • e 0,4% de quádruplos.

     

    No Brasil e no restante da América Latina, no entanto, até 42% do número de gravidez por FIV resultam em gestações múltiplas em grande parte das clínicas.

     

    Por que as gestações múltiplas ocorrem com a FIV?

    Para aumentar a chance de sucesso da FIV, ou seja, a chance de o tratamento resultar na sonhada gravidez, mais de um embrião é colocado no útero da futura mamãe. Naturalmente, quanto mais embriões, maior a chance de que pelo menos um deles se implante e se desenvolva. Dessa forma, a tendência é querer sempre implantar o máximo de embriões para que a mulher tenha maior chance de engravidar, mas isso acarreta um número muito grande de gestações múltiplas.

     

    Qual o problema das gestações múltiplas?

    Mães grávidas de múltiplos têm maior chance de desenvolverem pressão alta (pré-eclâmpsia), diabetes gestacional e de darem a luz prematuramente. O risco dessas doenças em gestações gemelares é o dobro do de gestações simples e cresce à medida que o número de bebês aumenta. Tendo que dividir o útero, bem como a nutrição que vem através da placenta, bebês de gestação múltipla tendem a ter um crescimento intraútero reduzido, baixo peso ao nascimento e prematuridade, aumentando a chance de precisarem de alguma intervenção médica como receber oxigênio após o nascimento.

     

    Toda essa fragilidade faz com que bebês gemelares tenham uma mortalidade perinatal quatro vezes maior do que se fossem únicos. Caso a gestação seja de trigêmeos, a mortalidade sobe para seis vezes. É claro que a gestação múltipla pode acontecer de maneira extremamente tranquila para os pais e os bebês. O importante é ressaltar que, em comparação à gestação de uma única criança, ela tem mais riscos.

     

    O que é feito para evitar a gestação múltipla?

    Quanto mais embriões, maior a chance de sucesso da FIV, mas a partir de quatro embriões, esse aumento deixa de ser significativo e a chance de sucesso praticamente não se altera. O mais importante para controlar o número de gestações múltiplas, portanto, é limitar o número de embriões a serem inseridos no útero a cada ciclo de FIV. Segundo a legislação da Anvisa, esse número deve variar da seguinte maneira:

     

    • Se a mulher tem até 35 anos, a chance de gravidez é alta, e no máximo dois embriões devem ser inseridos;
    • de 36 aos 40 anos, até três embriões podem ser inseridos;
    • e mulheres acima de 40 anos podem receber quatro embriões.

     

    Dessa forma, a escolha do número de embriões vai depender da legislação e da perspectiva de sucesso de cada caso, sempre com o menor número possível de embriões sendo inseridos.

     

    Mas essa limitação não reduz a chance de sucesso?

    Sim, mas bem pouco. A chance do embrião realmente se implantar e se desenvolver depende de inúmeros fatores: dos gametas (óvulos e espermatozoides), da qualidade dos embriões, do processo de congelamento e descongelamento, caso tenham sido congelados, do endométrio, e até da própria transferência para o útero; tudo pode interferir no sucesso da FIV. Garantindo a qualidade de todas essas etapas, a chance de gravidez não diminui muito quando o número de embriões é reduzido.

     

    A expectativa é de que, com a evolução das técnicas e a educação de médicos e pacientes, apenas um embrião passe a ser inserido na maioria das mulheres, atingindo a mesma taxa de sucesso obtida atualmente. Tudo para garantir que a gravidez evolua sem problemas tanto para a mãe quanto para o seu bebê.

     

    Entendeu agora por que a fertilização in vitro está associada à gestação de gêmeos — e assim por diante? Se você e seu parceiro ou parceira ainda tiverem dúvidas sobre a FIV, não deixem de entrar em contato conosco, ou se preferir, agendar uma consulta com um dos nossos médicos especialistas.

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