Doadora e receptora de óvulos: entenda a participação de cada uma

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    O ciclo de doação de óvulos é realizado pela técnica de fertilização in vitro na qual os gametas femininos (óvulos) de uma mulher (doadora) são doados a outra (receptora) para que sejam fertilizados. A fertilização é realizada no laboratório com espermatozoides do marido da receptora.

    A doadora será estimulada com hormônios injetáveis para aumentar a produção de óvulos naquele mês.

    Após a coleta, quando o processo for realizado pela doação compartilhada, metade dos óvulos serão fertilizados com os espermatozoides do marido da doadora e a outra metade com os espermatozoides do marido da receptora.

    “Vinte e quatro horas após a fertilização, sabemos quantos embriões se formaram. Estes permanecem no laboratório por dois a cinco dias e, após serem selecionados, serão colocados no útero por meio de um cateter por via vaginal. Não há necessidade de sedação neste procedimento.

    Desta forma, o(s) embrião(ões) transferido(s) para o útero da receptora, será(ão) formado(s) pelo espermatozoide do próprio marido e o óvulo de uma doadora.

    A receptora recebe dois únicos hormônios (estrogênio e progesterona) para o preparo do endométrio a fim de receber os embriões, pois não existe indução de ovulação – clique aqui e saiba mais!

    A taxa de sucesso de gravidez (50%) é a mesma da paciente doadora que tem idade ao redor de 30 anos.

    A doadora

    No Brasil, a ovodoação é obrigatoriamente anônima, ou seja, nem a doadora nem a receptora sabem a identidade de uma ou de outra, diferentemente dos Estados Unidos e outros países, onde a receptora pode escolher uma doadora conhecida. No nosso país, também não é permitida nenhuma transação comercial nesse tipo de tratamento. A doação deve ser voluntária e sem fins lucrativos. A partir da última resolução do CFM (nº 2.013/13), é permitida a chamada doação compartilhada, isto é, uma mulher em tratamento para engravidar pode doar parte dos seus óvulos para outra mulher, em troca do custeio de parte do tratamento dela.

    Por essa resolução, a idade limite para ser doadora é 35 anos. A candidata a doadora além de um exame clínico e laboratorial rigoroso (que inclui inclusive o cariótipo), deve preencher um questionário detalhado sobre sua vida pessoal e médica, incluindo informações sobre antecedentes e características familiares.

    Cambiaghi explica: “Detalhes físicos como peso, estatura, tipo e cor dos cabelos, cor dos olhos e da pele são incluídos nesse questionário, acompanhados de uma foto de quando era criança para que a receptora tenha uma ideia da fisionomia de quem lhe doará os óvulos. Assim, ela se sentirá mais segura, mas sem o risco de um reconhecimento futuro”.

    A receptora

    A receptora recebe dois únicos hormônios (estrogênio e progesterona) para o preparo do endométrio a fim de receber os embriões, pois não existe indução de ovulação. Se a paciente está no menacme (período menstrual), pode ser feito um bloqueio prévio com agonista do GnRH de depósito (3,75 mg), uma ampola subcutâneo, no 21° do seu ciclo menstrual.

    Assim que menstruar, é realizado um ultrassom e dosagens hormonais para se confirmar se seus hormônios estão realmente bloqueados e iniciar o preparo endometrial. Se estiver na menopausa, isso não será necessário.

    Pode ser dado o estradiol por via oral ou adesivo e gel transdérmico.

    Quando a doadora for colher os óvulos, a receptora iniciará o uso da progesterona, desde que seu endométrio esteja adequado (confirmado por US endovaginal).

    Se não estiver adequado, congela-se os embriões e aguarda que esteja favorável. Existem várias maneiras de se administrar a progesterona (cápsulas gelatinosas vaginais, comprimidos orais ou gel vaginal.

    A transferência é realizada no quinto dia de desenvolvimento embrionário. O(s) embrião(ões) oriundo(s) dos óvulos fertilizados pelo sêmen do seu marido será(ão) então transferido(s) para seu útero.

    Pela nova resolução do CFM (CFM nº 2013/13), o número máximo de embriões colocado é dois.

    No caso de beta-hCG positivo, a reposição hormonal (estradiol e progesterona) deve ser mantida por até 12 semanas de gestação.

    Cada clínica deve manter um registro de todas as doadoras e receptoras, bem como dos resultados de cada tratamento, de preferência até o nascimento dos bebês.

    Além de as identidades das envolvidas serem confidenciais, a confiabilidade dos arquivos médicos deve ser respeitada, como em qualquer outro procedimento.

    Perfil da doadora e da receptora de óvulos

    A doadora deve ter, conforme determinação do Conselho de Medicina, no máximo, 35 anos, como forma de garantir a qualidade do material a ser doado.

     Sabemos que a partir dos 35 anos, o risco de alterações genéticas nos óvulos começa a aumentar progressivamente, aumentando também o risco de aborto.

    Outros critérios podem ser adotados para definir o perfil da doadora ideal — como a comprovação de inexistência de doenças genéticas ou psiquiátricas, mas eles variam conforme o protocolo da clínica responsável pelo procedimento, já que não há exigência do CFM nesse sentido.

    Já em relação à recepção de óvulos, não há nenhum tipo de restrição: qualquer mulher que queira engravidar pode se submeter a um procedimento de doação compartilhada, desde que tenha saúde para gestar e que passe por um aconselhamento psicológico na Pró-Criar.

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