O nome ainda pode assustar uns e outros, mas a realidade é que a gravidez por produção independente é um fenômeno cada vez mais comum. Ela pressupõe uma decisão de coragem de mulheres que decidem engravidar sozinhas, sem um parceiro do sexo masculino, ou mesmo para os casais homoafetivos femininos.
Esses novos modelos de reprodução resultam do avanço contínuo da ciência, e já contam com uma estrutura preparada para atender às suas demandas e especificidades. Ainda assim, as mulheres que escolhem esse método de reprodução podem encontrar grande resistência em relação a sua decisão, principalmente por parte da família.
Para aquelas que já possuem filhos, por meio de reprodução assistida ou não, o desafio pode ser ainda maior. Nesse processo, é importante manter um diálogo claro e aberto com os familiares, que podem estabelecer formas de apoio e amparo de extrema relevância tanto na gestação, quanto com a chegada do bebê.
Além disso, a consciência e a segurança da mulher diante da sua escolha, seja qual for o motivo que a levou a optar pela produção independente como forma de realizar o sonho da maternidade, é fator fundamental para ela mesma e para quem está a sua volta. Pensando nisso, reunimos algumas informações básicas sobre o processo, que poderão te auxiliar no diálogo com os seus familiares de forma clara e simples. Confira!
A fertilização in vitro e a escolha do sêmen como tratamento para a produção independente
A gravidez por produção independente é realizada através da fertilização in vitro (FIV), uma das técnicas de reprodução assistida mais eficazes.
Como é o procedimento de produção independente?
O procedimento consiste na fecundação do óvulo da mulher e do sêmen de doador anônimo em laboratório, e, só depois de fecundado, o embrião é transferido para o útero. A partir disso, a gravidez ocorre da mesma forma que as demais. Os espermatozoides utilizados vêm de bancos de sêmen de doadores anônimos, nacionais ou internacionais.
Como o próprio nome deixa claro, a identidade desses doadores, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), deve ser mantida em sigilo, e nenhuma das partes nunca tem contato com a outra. Contudo, é possível ter acesso a algumas informações do doador, como traços físicos, profissão, hobbies, etc.
Além disso, é garantido, por meio de exames, que os doadores não tenham nenhum tipo de doença hereditária. A doação é voluntária, não podendo envolver nenhum tipo de relação financeira.
Inseminação Intra Uterina (IIU)
A Inseminação Intra-Uterina (IIU, também conhecida por inseminação artificial) consiste na deposição de espermatozoides no interior da cavidade uterina por meio de um cateter apropriado. É um tratamento de fertilidade que pode ser realizado quer em ciclos estimulados (aqueles em que a mulher toma medicamentos indutores da ovulação) quer em ciclos naturais ou não estimulados.
A inseminação artificial deve ser feita quando há ovulação (libertação de um ovócito pelo ovário), de modo a aumentar a probabilidade de ocorrer fecundação.
Diferença entre Fertilização in Vitro e inseminação Intra Uterina
Resumindo, a diferença básica entre Inseminação Artificial e Fertilização in Vitro é que na IIU, a fecundação do óvulo acontece dentro do corpo da mulher e não no laboratório. Por isso, para ser efetiva é preciso que o quadro de infertilidade seja leve e de simples solução. Em quadros de infertilidade mais complexos, a FIV costuma ser mais indicada. Seu processo inicia da mesma forma que a Inseminação Artificial, também com a estimulação dos ovários.
Quando os óvulos estão maduros, eles são coletados por meio de punção e levados ao laboratório, onde juntamente com o sêmen coletado e preparado vai acontecer a fecundação. Gravidez múltipla: sempre acontece? Para muitas pessoas, a fertilização in vitro (FIV) é sinônimo de gêmeos. De fato, a ocorrência de gestação múltipla é maior em quem recorre a técnicas de reprodução assistida, podendo chegar a quase metade dos casos.
Isso por que, na maioria dos procedimentos, são transferidos mais de um embrião para o útero. O bebê tem mais chances de desenvolver algum tipo de doença? Muitos são os mitos que envolvem as técnicas de reprodução assistidas. Os mais comuns, sem dúvida, são relacionados à saúde e à formação dos bebês.
Antes de mais nada, é preciso salientar que qualquer criança, seja qual for o seu meio de concepção, pode nascer com doenças genéticas. Na fertilização in vitro (FIV), ao contrário do que se pensa, essas chances podem ser menores, se exames pré-diagnósticos de doenças genéticas forem realizados nos embriões antes deles serem implantados. Eles passam por processos de avaliação criteriosos, que diminuem as chances de malformação, por exemplo.
Além disso, como a FIV é um procedimento caro e demorado, que envolve grande carga emocional, afetiva e psíquica, a presença dos familiares e das pessoas próximas faz toda a diferença. É possível, também, incluí-los nesse momento de forma mais direta, levando para acompanhar nas consultas e buscando por informações juntos.
A produção é independente, mas o processo pode envolver pessoas dispostas a te auxiliar e amparar na gestação e na chegada do bebê.
Acompanhamento Psicológico
Ao começar um tratamento de fertilidade, muitas questões emocionais são vivenciadas pelos pacientes. Frustração pela demora a engravidar, angústia, medo de um resultado negativo. Todos esses sentimentos podem ser experimentados durante o tratamento de fertilidade.
A partir disso, o acompanhamento psicológico tem um papel fundamental para a saúde do casal que, em breve terá um filho. Um psicólogo que acompanhe todo o procedimento de fertilidade junto com o casal é capaz de auxiliar na manutenção da boa saúde mental e nas oscilações emocionais, que são plenamente naturais.
Conheça mais sobre o apoio emocional.
Ficou alguma dúvida?
Esperamos que as informações tenham tirado a maioria de suas dúvidas sobre gravidez homoafetiva, mas se ainda restou alguma, entre em contato com a gente, ou se preferir, agende uma consulta com um dos nossos médicos especialistas.
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