A Fertilização in vitro (FIV) é um dos procedimentos mais conhecidos na medicina reprodutiva, pois possui altas chances de sucesso. E desde o primeiro bebê de proveta, Louise Brown, nascida no dia 25 de julho no ano de 1978, tem realizado muitos sonhos.
A probabilidade de se obter sucesso no tratamento varia dependendo das características e causas de infertilidade diagnosticadas no casal. Portanto, o que a maioria dos casais que nos procuram querem saber é sobre as chances de sucesso na primeira tentativa. Para responder essa e outras dúvidas, continue a leitura. Vamos lá!
O que é a Fertilização in Vitro?
A técnica da Fertilização in Vitro foi responsável por uma revolução como tratamento da infertilidade, tornando possível que casais realizem o sonho de terem filhos. Esta é uma das principais formas de reprodução assistida, desenvolvida no início para mulheres com problemas nas trompas. Atualmente, o tratamento é indicado até para as causas graves de infertilidade.
De forma geral, para a Fertilização in Vitro os óvulos são captados minutos antes da ovulação e levados ao laboratório, onde são fertilizados pelo espermatozoide do companheiro ou banco de doação, ou seja, o óocito fica exposto à milhões de espermatozoides e um deles consegue penetrar sozinho.
Os óvulos fertilizados são chamados de embriões e mantidos no laboratório por um período de cultivo que pode variar entre 2 a 6 dias. Após esse tempo, os embriões são transferidos para o útero da mulher – Clique aqui e saiba quais os primeiros passos para quem deseja fazer a FIV.
Quando a fertilização in vitro é indicada?
A fertilização in vitro é recomendada para casais que tenham dificuldade na fecundação, ou seja, no encontro do espermatozoide com o óvulo. Esse problema pode ser causado por diversos fatores. Nas mulheres pode ocorrer devido a obstrução tubária, endometriose ou idade, pois quantidade e a qualidade dos óvulos tende a diminuir a partir dos 35 anos. Nos homens, um dos fatores pode ser a baixa produção de esperma, que ocorre por razões variadas.
Quando o homem ou a mulher não produzem gametas, eles podem optar por utilizar o espermatozoide ou os óvulos de doadores. Por exemplo, o casal pode utilizar o espermatozoide fornecido por um doador, que será fecundado com os óvulos da mulher, em laboratório, e depois transferido para o útero da paciente.
A fertilização in vitro também é uma opção para casais homossexuais que querem formar uma família. No caso de casais masculinos, além de encontrar um doadora de óvulos também é preciso encontrar uma mulher que se voluntarie para gestar. Em casais do sexo feminino, cabe buscar doador de espermatozoide.
Quais fatores influenciam as chances de sucesso da FIV
As chances do procedimento dar certo dependem de diversos fatores biológicos e genéticos, e contar com a certeza de uma gravidez ainda na primeira tentativa pode ser frustrante caso isso não aconteça. Algumas vezes é preciso ter persistência até a chegada do resultado positivo.
Os principais fatores que influenciam as chances da FIV são:
- Idade da mulher;
- Qualidade dos gametas;
- Qualidade dos embriões;
- Qualidade endometrial;
- Presença de outros fatores: mioma, adenomiose, endometriose, endometrite, etc
Todos estes fatores serão avaliados pela equipe médica durante as consultas. Para que os médicos entendam todos os fatores que influenciam a fertilidade do casal, uma série de exames são demandados para ter o melhor panorama possível sobre o caso.
A tabela de fertilidade me ajuda a saber mais sobre minhas chances de sucesso na gravidez espontânea?
A tabela de fertilidade por idade indica as chances de uma gestação de acordo com a idade, sempre considerando que o casal esteja tentando ativamente uma gravidez ao manter relações sexuais de no mínimo duas vezes por semana.
Dessa forma, a tabela ajuda a saber mais sobre a fertilidade, visto que apresenta a porcentagem das mulheres que engravidam em até um ano, baseando-se na idade, de acordo com dados do Nice (Instituto Nacional para Excelência em Cuidado e Saúde), sendo:
- 92% de chances para mulheres de 19 a 26 anos;
- 87% de chances para mulheres de 27 a 29 anos;
- 86% de chances para mulheres de 30 a 34 anos;
- 82% de chances para mulheres de 35 a 39 anos.
Então é possível dizer que a chance de sucesso para a gravidez está relacionada à idade da mulher?
A resposta é sim! As chances de que a FIV seja bem sucedida dependem da idade dos óvulos. Para mulheres com menos de 35 anos, as chances de sucesso podem chegar a 60%. Em mulheres de 35 a 38 anos, os índices são de 40%. Já em mulheres entre 40 e 42 anos, variam de 20% a 25%.
A qualidade dos óvulos diminui ao longo do tempo
Após os 30 anos, e, especialmente, após os 35, a fertilidade da mulher começa a diminuir. Alguns ciclos menstruais podem se tornar anovulatórios, ou seja, sem a liberação de óvulos. Por isso, a FIV, com a estimulação da ovulação, consegue ter uma eficácia entre 20% e 40%. Nesses casos, após os 37 anos de idade, podem ser transferidos até três embriões. Dessa forma, é possível aumentar as chances de gravidez.
Após os 42 anos de idade e com a proximidade da menopausa, a fertilidade da mulher reduz significativamente. As chances de sucesso, mesmo com a colocação de três ficam muito menores. Aos 43 anos, a taxa de sucesso do tratamento já está abaixo dos 5%.
Fatores fisiológicos e genéticos também podem influenciar
Existem alguns fatores fisiológicos e genéticos que também podem influenciar no sucesso da FIV. Vamos a eles:
Folículos e óvulos
Uma reserva ovariana diminuída (menor número de folículos nos ovários) pode levar à produção de um número menor de óvulos, influenciando nas chances cumulativas de gravidez em um tratamento.
Gametas masculinos (qualidade do sêmen)
Fatores masculinos graves podem levar a uma menor taxa de fertilização dos óvulos coletados.
Doenças uterinas
Algumas doenças uterinas podem dificultar o processo de implantação embrionária.
A fertilização in vitro é um tratamento de enorme sucesso
A FIV permite contornar diferentes problemas com a utilização de técnicas complementares incorporadas ao procedimento, incluindo distúrbios genéticos e a receptividade endometrial, além da possibilidade de o tratamento ser realizado com óvulos, gametas ou embriões doados, ou com a utilização do útero de substituição, quando não é possível sustentar a gravidez, por exemplo.
Tudo isso faz com que a FIV seja um tratamento com excelentes taxas de sucesso. Obviamente, como foi dito ao longo do texto, essa taxa de sucesso varia de acordo com as condições do casal.
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