Adenomiose: o que é e qual o tratamento?

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    Você sabe o que é e qual o tratamento da adenomiose? Diagnosticada comumente em mulheres com mais de 30 anos e que já estiveram grávidas, a adenomiose pode afetar também pessoas mais jovens, ou que ainda não tiveram filhos. 

     

    Com isso, a mulher pode apresentar dificuldades para engravidar, como consequência dessa pataologia. A seguir, conheça mais sobre a adenomiose, condição que atinge uma em cada dez mulheres no período reprodutivo. 

     

    O que é a Adenomiose? 

    A adenomiose é caracterizada pela existência de glândulas e estroma do endométrio (camada interna que reveste o útero) nas fibras musculares e lisas do útero. Em outras palavras, é uma condição que acontece quando o endométrio cresce na camada muscular do útero, chamada de miométrio. 

     

    Por motivos ainda não explicados, algumas mulheres têm uma maior predisposção a incorporar a camada interna do útero na camada intermediária. Desse modo, as células endometriais se misturam ao miométrio, resultando na adenomiose.  

     

    A adenomiose pode ser focal, localizada em uma determinada região do útero, ou mesmo difusa, quando se espalha por toda a parede uterina, deixando-a mais espessa heterogênea.  

     

    Essas alterações na parede do útero levam à inflamação local, com piora durante o período menstrual. As causas do desenvolvimento da adenomiose ainda não estão bem definidas, contudo, algumas teorias são apresentadas sobre o tema. 

     

    Quais as causas da adenomiose? 

    Estudiosos acreditam que o problema pode ser adquirido durante a vida, em situações como, por exemplo, uma cirurgia uterina ou ginecológica, como miomectomia, cesariana, ou mais de uma gravidez ao longo da vida.

     

    Essa patologia pode ser estimulada por outras condições de estimulação hormonal ou por condiçóes pré-existentes. Outros especialistas acreditam que a doença é congênita, ou seja, está presente desde o nascimento sendo relacionada a uma má-formação uterina durante o período embrionário.  

     

    Por ser dependente da presença do hormônio estrogênio, é comum que, junto a adenomiose, coexistam doenças como a endometriose, pólipos e miomas, também dependentes do estrogênio. 

     

    Qual é a diferença entre adenomiose e endometriose? 

    A endometriose é uma inflamação crônica em que o tecido do endométrio cresce em regiões e órgãos no exterior do útero. O endométrio, tecido que reveste a cavidade uterina é mensalmente estimulado a crescer durante o ciclo menstrual, pelo estímulo do hormônio estrogênio, se tornando uma camada mais grossa.  

     

    Essa camada tem a função de permitir a implantação do embrião quando existe a fertilização do óvulo pelo espermatozóide. Quando esse processo não ocorre, o tecido descama e é eliminado por meio da menstruação. 

     

    A endometriose é a presença de endométrio fora do útero, podendo estar nos ovários, trompas, vagina, ou até mesmo no intestino, bexiga e peritôneo (camada que recobre os órgãos no abdome). 

     

    A endometriose é dividida em 2 tipos: superficial e profunda. A superficial é responsável por invadir o peritônio. Essa é a forma mais comum da doença, representando até 90% dos casos. Quando não tratada, a endometriose superficial pode se tornar profunda. 

     

    A endometriose profunda é definida como implantes do tecido endometrial, que invade o peritônio em mais de 5mm de profundidade, ou então, quando acometem diferentes órgãos, como intestino, bexiga e vagina. 

     

    A adenomiose e a endometriose são condições semelhantes, visto que ambas são caracterizadas pelo crescimento desordenado do endométrio. No entanto, a localização do tecido endometrial é que diferencia uma doença da outra. 

     

    Enquanto na adenomiose ocorre o crescimento do tecido endometrial desordenado na parede do útero, desenvolvendo glândulas no local, na endometriose, o endométrio está presente em diferentes lugares fora do útero.  

     

    Assim, a adenomiose e a endometriose são condições distintas devido à diferenciação das áreas afetadas pelo tecido endometrial. Por esse motivo, exigem tratamentos específicos e individualizados, com o acompanhamento médico para que o diagnóstico adequado seja realizado. 

     

    Qual é o tratamento para a adenomiose? 

    A infertilidade não atinge toda mulher que apresenta adenomiose. Atualmente, são disponibilizados tratamentos individualizados pelos médicos, de acordo com a extensão da doença, os sintomas e o desejo de gravidez. Entre eles, o tratamento com técnicas de reprodução assistida ou o uso de medicamentos, que possibilitam o bloqueio dos hormônios relacionados ao ciclo menstrual. 

     

    Além disso, anti-inflamatórios, combatendo a inflamação e aliviando a dor causada pela condição e, por último, cirurgia para retirada do excesso de tecido endometrial, quando a adenomiose é do tipo focal, bem delimitada, e com indicação precisa de tratamento cirúrgico.  

     

    Qual é a relação entre a adenomiose e fertilidade? 

    De acordo com seu estágio de desenvolvimento, a adenomiose pode causar infertilidade na mulher, pois o embrião pode encontrar dificuldade para se fixar na parede do útero, que levam a falhas na implantação ou abortos.  

     

    Além disso, na maioria dos casos, a adenomiose está associada à endometriose, condição apontada como um dos principais fatores de infertilidade feminina.  

     

    A resposta inflamatória do organismo devido a adenomiose também aumenta a produção de radicais livres, e pode comprometer a qualidade dos óvulos, espermatozoides e embriões. 

     

    Agora que você sabe o que é a adenomiose e o tratamento adequado dessa condição, busque uma clínica de fertilidade especializada para realizar os exames necessários para diagnosticar esse distúrbio, e tratá-lo de acordo com a necessidade. 

     

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    Adenomiose - o que é e qual o tratamento

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