O congelamento de óvulos já é uma prática consolidada no universo científico, com resultados concretos e satisfação de inúmeras pessoas. Desde o início dos anos 2000, essas práticas vêm amadurecendo e ganhando adeptos em clínicas de reprodução.
Entretanto, especulações sobre o processo de congelamento sempre surgem, fazendo com que uma série de mitos sejam criados.
Para tirar suas dúvidas e desmistificar algumas crenças, confira no post de hoje 7 mitos sobre o congelamento de óvulos.
O congelamento de óvulos não é 100% seguro
O mito sugere que a fertilização assistida e o congelamento de óvulos possam comprometer a formação saudável do feto.
Ao contrário do que supõe o mito, as taxas de fertilidade e de problemas congênitos com os bebês mostram que não há uma diferença contrastante do congelamento com a fertilização tradicional.
Os recém-nascidos desses procedimentos apresentam variações cromossômicas ou alterações congênitas na mesma proporção que o restante da população.
Tais dados provam que o método é seguro e não representa necessariamente complicações para formação do bebê.
Os óvulos se mantêm congelados por poucos anos ou perdem qualidade com o tempo
A ideia de que os óvulos congelados “envelhecem” é uma crença falsa.
Na realidade, não há um limite para o tempo que os óvulos são mantidos congelados. Após o procedimento de retirada e congelamento, eles podem ser utilizados anos depois, conforme aponta o Dr. Arnaldo Cambiaghi, especialista em Medicina Reprodutiva.
Os óvulos são mantidos em temperaturas de – 196° graus por tempo indeterminado e sem perder a qualidade.
Há registros de casos em que o óvulo foi utilizado até 15 anos depois de retirado e a fertilização foi um sucesso.
A gravidez é diferente de uma “gestação tradicional”
Em função do método distinto de fecundação, acredita-se que a gestação também poderia apresentar alterações.
Contudo, esse é mais um mito sobre congelamento de óvulos. Uma vez fertilizado e em desenvolvimento no útero, a gestação corre como qualquer outra feita a partir de óvulos “frescos”.
Existe uma idade limite para o congelamento de óvulos
Falando em idade ideal, este é um dos pontos que gera controvérsia quando o assunto é congelamento de óvulos.
Segundo especialistas, não existe necessariamente uma idade limite. Contudo, é importante saber que os óvulos mais capazes para gerarem uma gestação são produzidos até mais ou menos 35 anos.
Nesses casos, é importante lembrar que mesmo com o sucesso de gravidezes tardias, especialmente após os 40 anos, estas ainda occorem em taxas menores quando comparadas às gestações em mulheres mais jovens.
Por isso, recomenda-se que o congelamento seja feito por mulheres mais jovens para garantir a qualidade dos óvulos para o momento de fertilização. E, mesmo que o período de transferência do embrião seja após os 35 anos, o óvulo mantém a qualidade do momento em que foi congelado.
O processo de congelamento é invasivo e desgastante
O processo de congelar óvulos geralmente não leva muito tempo e é conduzido de forma a garantir a saúde e bem-estar da mulher.
O procedimento começa com o estímulo hormonal para produção de óvulos, o que leva de 9 a 12 dias, em média. Nesse período, o acompanhamento médico busca garantir qualidade e tranquilidade para a mulher na produção dos óvulos.
Após esse período, é realizado um procedimento chamado punção ovariana, em que os óvulos são aspirados com a paciente sedada e, portanto, sem dores inconvenientes.
Após essas etapas, os óvulos são congelados e guardados até o momento que a decisão pela fertilização é tomada.
A probabilidade de sucesso da gravidez é muito pequena
Este talvez seja um dos maiores mitos sobre o congelamento de óvulos.
Com o aperfeiçoamento das técnicas e desenvolvimento da Medicina Reprodutiva, os resultados têm sido cada vez mais animadores.
Estima-se que cerca de 90% dos óvulos suportam o descongelamento e chega na casa dos 40% o sucesso de fertilizações assistidas pela tecnologia, dependendo da idade do congelamento.
Obviamente esses números variam de acordo com alguns dos aspectos mencionados anteriormente, como por exemplo a idade da mulher ao realizar a coleta do óvulo e ao fazer o procedimento de implantação do embrião.
Além disso, é fundamental lembrar que o número de embriões transferidos não precisa ser alto para garantir o sucesso da fertilização. Como conta o especialista Dr. Assumpto Iaconelli Jr., um número muito grande de embriões pode até comprometer a gestação.
Uma vez congelado, o óvulo não é mais propriedade da mulher
Por último, precisamos desmentir a ideia de que a mulher perderia o poder sobre seu óvulo uma vez congelado.
Na realidade, ainda que a fertilização não aconteça por motivos de desistência, o destino dos óvulos depende da decisão da produtora dos gametas.
Ela pode assinar um termo que permite que seu material seja encaminhado para laboratórios com finalidade científica ou, dependendo da clínica, fazer uma doação, respeitando o sigilo em torno da identidade da doadora e da receptora.
Se você ainda tem dúvidas ou quer saber mais sobre o congelamento e as outras técnicas de fertilização, conheça a nossa clínica e marque uma consulta!